Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

INDISCIPLINA NA ESCOLA E A EXPANSÃO DA MILITARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOCENTE

Palavra-chaves: , , , , Comunicação Oral (CO) GT 21 - Políticas Públicas de Educação
"2025-12-02" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 129842
    "edicao_id" => 438
    "trabalho_id" => 1118
    "inscrito_id" => 3793
    "titulo" => "INDISCIPLINA NA ESCOLA E A EXPANSÃO DA MILITARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOCENTE"
    "resumo" => "Este estudo analisa a indisciplina na escola como um mecanismo simbólico que impulsiona a política de expansão da militarização da educação pública no Brasil. A necessidade de métodos disciplinares rígidos em escolas em situação de vulnerabilidade tem sido usada como justificativa para a adoção do modelo militarizado, influenciando positivamente a percepção de famílias e até mesmo de gestores e docentes. No entanto, quando professores passam a valorizar a disciplina e a ordem características desse modelo como elementos positivos para o desempenho acadêmico (Gomes, 2021), emerge um paradoxo: ao apoiar a militarização, os próprios professores contribuem para sua desprofissionalização, delegando a gestão disciplinar às forças policiais e negando seu caráter pedagógico. Considerando o papel central dos docentes na resistência ou aceitação dessa política, o estudo realiza uma revisão de literatura dos últimos dez anos, analisando contribuições teóricas e empíricas sobre a posição dos professores nas escolas militarizadas. O objetivo é compreender como a disciplina nessas instituições captura as aspirações docentes, reforçando a legitimação desse modelo. Fundamenta-se no conceito de poder simbólico de Bourdieu (2010), examinando como as estruturas de dominação são naturalizadas no ambiente escolar. A discussão sobre indisciplina baseia-se em La Taille; Guirado (1996) e Tognetta; Vinha (2014), enquanto a militarização da educação é analisada a partir de Alves; Toschi (2019), Catarina Santos et al. (2019), Eduardo Santos (2020) e Goulart (2022). Os resultados indicam que a internalização do poder simbólico leva alguns docentes a perceberem a disciplina militar como necessária, mesmo reconhecendo os limites do modelo, o que reforça uma lógica de controle que se sobrepõe ao processo ensino-aprendizagem. Superar essa estrutura exige romper com a cumplicidade invisível que a sustenta, desconstruindo a associação entre disciplina e militarização e promovendo alternativas democráticas, baseadas na valorização e formação docente, de modo a transformar a indisciplina em oportunidade pedagógica."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GT 21 - Políticas Públicas de Educação"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV214_MD1_ID3793_TB1118_08032025204424.pdf"
    "created_at" => "2025-12-08 15:50:21"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "NATHALIA CHRISTINE SANTOS CORRÊA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "NATHALIA"
    "autor_email" => "nathaliasilva.ped@edu.unirio.br"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-xi-congresso-nacional-de-educacao"
    "edicao_nome" => "Anais XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_evento" => "XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/conedu/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "692d8b19ea55f_01122025093329.png"
    "data_publicacao" => "2025-12-02"
    "edicao_publicada_em" => "2025-12-01 09:33:29"
    "publicacao_id" => 19
    "publicacao_nome" => "Anais CONEDU"
    "publicacao_codigo" => "2358-8829"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 129842
    "edicao_id" => 438
    "trabalho_id" => 1118
    "inscrito_id" => 3793
    "titulo" => "INDISCIPLINA NA ESCOLA E A EXPANSÃO DA MILITARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOCENTE"
    "resumo" => "Este estudo analisa a indisciplina na escola como um mecanismo simbólico que impulsiona a política de expansão da militarização da educação pública no Brasil. A necessidade de métodos disciplinares rígidos em escolas em situação de vulnerabilidade tem sido usada como justificativa para a adoção do modelo militarizado, influenciando positivamente a percepção de famílias e até mesmo de gestores e docentes. No entanto, quando professores passam a valorizar a disciplina e a ordem características desse modelo como elementos positivos para o desempenho acadêmico (Gomes, 2021), emerge um paradoxo: ao apoiar a militarização, os próprios professores contribuem para sua desprofissionalização, delegando a gestão disciplinar às forças policiais e negando seu caráter pedagógico. Considerando o papel central dos docentes na resistência ou aceitação dessa política, o estudo realiza uma revisão de literatura dos últimos dez anos, analisando contribuições teóricas e empíricas sobre a posição dos professores nas escolas militarizadas. O objetivo é compreender como a disciplina nessas instituições captura as aspirações docentes, reforçando a legitimação desse modelo. Fundamenta-se no conceito de poder simbólico de Bourdieu (2010), examinando como as estruturas de dominação são naturalizadas no ambiente escolar. A discussão sobre indisciplina baseia-se em La Taille; Guirado (1996) e Tognetta; Vinha (2014), enquanto a militarização da educação é analisada a partir de Alves; Toschi (2019), Catarina Santos et al. (2019), Eduardo Santos (2020) e Goulart (2022). Os resultados indicam que a internalização do poder simbólico leva alguns docentes a perceberem a disciplina militar como necessária, mesmo reconhecendo os limites do modelo, o que reforça uma lógica de controle que se sobrepõe ao processo ensino-aprendizagem. Superar essa estrutura exige romper com a cumplicidade invisível que a sustenta, desconstruindo a associação entre disciplina e militarização e promovendo alternativas democráticas, baseadas na valorização e formação docente, de modo a transformar a indisciplina em oportunidade pedagógica."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GT 21 - Políticas Públicas de Educação"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV214_MD1_ID3793_TB1118_08032025204424.pdf"
    "created_at" => "2025-12-08 15:50:21"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "NATHALIA CHRISTINE SANTOS CORRÊA DA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "NATHALIA"
    "autor_email" => "nathaliasilva.ped@edu.unirio.br"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-xi-congresso-nacional-de-educacao"
    "edicao_nome" => "Anais XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_evento" => "XI Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/conedu/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "692d8b19ea55f_01122025093329.png"
    "data_publicacao" => "2025-12-02"
    "edicao_publicada_em" => "2025-12-01 09:33:29"
    "publicacao_id" => 19
    "publicacao_nome" => "Anais CONEDU"
    "publicacao_codigo" => "2358-8829"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

Este estudo analisa a indisciplina na escola como um mecanismo simbólico que impulsiona a política de expansão da militarização da educação pública no Brasil. A necessidade de métodos disciplinares rígidos em escolas em situação de vulnerabilidade tem sido usada como justificativa para a adoção do modelo militarizado, influenciando positivamente a percepção de famílias e até mesmo de gestores e docentes. No entanto, quando professores passam a valorizar a disciplina e a ordem características desse modelo como elementos positivos para o desempenho acadêmico (Gomes, 2021), emerge um paradoxo: ao apoiar a militarização, os próprios professores contribuem para sua desprofissionalização, delegando a gestão disciplinar às forças policiais e negando seu caráter pedagógico. Considerando o papel central dos docentes na resistência ou aceitação dessa política, o estudo realiza uma revisão de literatura dos últimos dez anos, analisando contribuições teóricas e empíricas sobre a posição dos professores nas escolas militarizadas. O objetivo é compreender como a disciplina nessas instituições captura as aspirações docentes, reforçando a legitimação desse modelo. Fundamenta-se no conceito de poder simbólico de Bourdieu (2010), examinando como as estruturas de dominação são naturalizadas no ambiente escolar. A discussão sobre indisciplina baseia-se em La Taille; Guirado (1996) e Tognetta; Vinha (2014), enquanto a militarização da educação é analisada a partir de Alves; Toschi (2019), Catarina Santos et al. (2019), Eduardo Santos (2020) e Goulart (2022). Os resultados indicam que a internalização do poder simbólico leva alguns docentes a perceberem a disciplina militar como necessária, mesmo reconhecendo os limites do modelo, o que reforça uma lógica de controle que se sobrepõe ao processo ensino-aprendizagem. Superar essa estrutura exige romper com a cumplicidade invisível que a sustenta, desconstruindo a associação entre disciplina e militarização e promovendo alternativas democráticas, baseadas na valorização e formação docente, de modo a transformar a indisciplina em oportunidade pedagógica.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.