EXPRESSÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS AMAZÔNIDAS EM MATERIAIS DIDÁTICOS: CONTRIBUIÇÕES IMAGÉTICAS AO ENSINO DE SOCIOLOGIA
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Partindo disso, este estudo tem a seguinte problemática: Em que medida os futurismos amazônicos expressos nas artes visuais são educativos no sentido de representar a identidade cultural regional contemporânea em contraponto à representação oficial em materiais didáticos? A metodologia consiste na análise semiótica de obras visuais dos movimentos artísticos do amazofuturismo, do futurismo indígena e do afrofuturismo. Do ponto de vista teórico, mobiliza o conceito de representação de Hall (2016) que afirma que representar é usar a linguagem para expressar uma coisa que seja considerável ou mesmo o mundo de maneira considerável aos outros, enquanto Spivak (2002) opõe-se à representação enquanto categoria de análise, afirmando que pode ser utilizada como um instrumento que silencia/apaga os sujeitos subalternos e levar a representação essencialista. Além disso, a cultura para Said (2011) caminha em sintonia com o imperialismo, sobretudo, que a cultura ocidental e os meios de comunicação em massa são mecanismos para conquistar povos, mas a oposição dos sujeitos colonizados existe. Os resultados iniciais obtidos apontam o seguinte: os futurismos amazônicos, produzidos por artistas amazônidas, são representações contemporâneas que ressaltam a identidade atrelada a expressões vinculadas à era tecnológica, no entanto, residem no campo do silenciamento. Mas, principalmente, que a representação imagética da Amazônia em livros didáticos de Sociologia analisados neste estudo são essencialistas, possuindo distintos percursos marcados por uma paradoxal representação estereotipada. Diante disso, essas artes visuais futuristas surgem como uma ferramenta distinta, contra-hegemônica, alternativa, que expressam/falam Da e Para Amazônia, úteis para serem inseridas nos livros didáticos sociológicos e auxiliarem no processo educativo." 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