Hoje em dia, quando frequentemente se fala sobre acessibilidade, vemos crescer a necessidade de sensibilizar nossos alunos para a questão da inclusão social. Diante do quadro da acessibilidade, surge a audiodescrição (AD), que dá aos deficientes visuais a autonomia para assistir às produções audiovisuais, pois, é a modalidade de tradução audiovisual que trata de descrever cenas ou elementos de cenas que sejam relevantes para a compreensão dos espectadores não-videntes. Este trabalho, de cunho interpretativista, tem por objetivo refletir sobre a transversalidade da AD no ensino de espanhol. Para tanto, partimos de uma pesquisa realizada nos anos de 2010-2011 (BARBOSA, 2011) sobre o potencial didático da AD. Após a conclusão da pesquisa percebemos que a AD pode ser inserida nas aulas de língua espanhola, sobretudo por estar ancorada nos temas transversais, que dialogam com aceitação, tolerância a diferenças e inclusão social. Nesse trabalho nos embasamos nos teóricos de AD Benecke (2004); Franco (2006); Navarrete (2007); Jiménez Hurtado (2007); Guedes (2010) e Tercedor Sánchez (2007) e nos teóricos da transversalidade Saénz López (2009), Yus (1996), Lucini (1994), dentre outros. O entrelaçamento entre tradução, acessibilidade e transversalidade permite o diálogo entre o estudo de língua estrangeira e as questões postuladas pelos documentos legais que regem a educação brasileira, acrescentando ao ensino de língua espanhola valores tão requisitados socialmente.