Há quase seis décadas, muitos estudos sobre as Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) têm sido realizados e vários avanços no reconhecimento desta síndrome foram apresentados, reunindo conhecimentos significativos em diversas áreas. Porém, ainda existem grandes divergências quanto à sua origem. O que já se sabe é que se trata de perturbações precoces do desenvolvimento neurológico, que se manifestam através de várias combinações possíveis de sintomas num contínuo de gravidade de maior ou menor intensidade e que apresentam atraso na comunicação que vão desde a ausência total de fala até o uso inapropriado do código linguístico, como a utilização da ecolalia, inversão pronominal e fala descontextualizada. Os padrões de comunicação podem evoluir, mas não se normalizam com a idade. Há, também, manifestos benefícios do uso da tecnologia em intervenções com autistas, melhorando motivação, atenção, aprendizagem, comunicação e redução de problemas comportamentais. Com base nessa aproximação das tecnologias, o presente artigo aborda, por meio de uma revisão de literatura não sistemática, o percurso evolutivo do conceito de autismo, a comunicação significativa, bem como as ferramentas tecnológicas para auxiliar na comunicação. As fontes de pesquisa utilizadas foram livros e artigos científicos atuais e de épocas passadas. Os resultados sugerem que diferentes autores concordam que o autismo ainda é algo muito complexo e que ainda há muitos aspectos a serem pesquisados e descobertos e que a linguagem funcional é um desses desafios, pois cada um tem suas singularidades e habilidades. É possível dizer, ainda, que o uso das tecnologias digitais de apoio, como uma ferramenta auxiliar na comunicação, favorece o desenvolvimento cognitivo, respeitando-se as especificidades de cada um.