Este estudo teve como objetivo analisar a concepção de alunos de licenciatura em física da Universidade Federal de Pernambuco sobre educação inclusiva. Considerando que este tema tem sido amplamente discutido nos últimos anos e que para tal, é necessário repensar o sistema educacional o que inclui a prática pedagógica da equipe docente, fizemos uma pesquisa de natureza qualitativa, com cinco participantes, alunos de licenciatura em física cursando períodos diferentes. Foram realizadas entrevistas individuais e as respostas foram transcritas e submetidas à análise de conteúdo. Os alunos da licenciatura em física mostraram compreender a educação inclusiva como pauta necessária em sua formação docente, destacando a ausência da capacitação quanto à mesma em suas grades curriculares como um problema a ser resolvido; mostraram compreender também a inclusão como direito de todos e a integração como um processo que pode fazer parte da escola inclusiva. A perspectiva inclusiva foi discutida como uma estratégia de minimizar as barreiras atitudinais, comunicacionais e sociais e como uma necessidade de toda a sociedade, o que inclui a escola. Apresentaram dificuldades quanto ao uso da terminologia sobre deficiência, quanto ao uso de recursos didáticos disponíveis e estratégias de ensino que permitam um ensino igualitário na diversidade e, principalmente, à inclusão quanto ao aluno com deficiência visual, alegando que todos os recursos didáticos utilizados no ensino da física são visuais. Destacaram sentirem-se responsáveis no processo de inclusão tanto quanto os profissionais especializados em educação especial, mas despreparados, principalmente, quanto às suas atividades profissionais. Destacou-se também uma iniciativa por parte da instituição ao inserir a disciplina de Libras como obrigatória no perfil novo do curso em questão. Os dados permitiram visualizar como anda o avanço quanto ao processo de inclusão escolar, no tocante à formação docente em física.