Artigo Anais VII ENLIJE

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-0670

CONTAÇÃO DE HISTORIAS PARA ALUNOS SURDOS: O USO DE LIVRO DE IMAGEM

Palavra-chaves: LITERATURA INFANTIL, LIVROS DE IMAGENS, LIBRAS Comunicação Oral (CO) GT 07: Literatura Infanto-juvenil e Ilustração
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Publicado em 29 de agosto de 2018

Resumo

Resumo: É extremamente importante proporcionar à criança situações de contato com a Literatura Infantil, uma vez que os bons leitores são aqueles que tiveram uma infância rica em convívio com os livros infantis. Entretanto este estímulo intermediado pela família, geralmente, não ocorre com crianças surdas filhas de pais ouvintes que desconhecem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o ambiente escolar representará um espaço para este momento. Desta forma, nos propomos neste trabalho desenvolver modos de leituras que levam as crianças surdas para o mundo mágico da imaginação literária através de livros de imagens. Segundo Ramos (2011), o livro de imagem é importante para as crianças, pois as imagens se tornam de fundamental importância para a adesão delas à história narrada, também proporciona o desenvolvimento cognitivo, artístico, imaginativo e cultural do leitor infantil, pois são fontes de organização do pensamento. A partir do papel fundamental que os livros de imagens podem trazem para os alunos surdos, pode-se observar em uma escola bilíngue para surdos uma experiência acadêmica realizada por discentes e docentes utilizando a contação da história: O Lenço, da autora Patricia Auerbach (2013). A metodologia foi dividida em três etapas: foram proporcionadas as crianças o contato com livros de literatura infantil; apresentação do livro O Lenço, permitindo que o leitor contasse a história com suas próprias palavras e distribuição de pequenos pedaços de tecido para os alunos brincassem livremente explorando o material. Ao final do trabalho pode-se verificar que a metodologia aplicada foi uma excelente via de acesso tanto na construção de conceitos, aprendizagem de novos sinais de Libras admiração pela arte que contribuiu significativamente no processo de aprendizagem libertadora e autônoma dos educandos. Desta forma, concluímos que todas as crianças, tanto as surdas como as ouvintes, devem ter contato com os livros para explorá-los por conta própria e o professor pode construir momentos de narrações trabalhando com livros que contam histórias a partir unicamente da ilustração. Também consideramos importante a continuação deste trabalho e a divulgação desta experiência que poderá ser realizadas em outras escolas bilíngues destinadas a surdos permitindo uma formação deste leitor.

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