Com a sanção do decreto 5.626/2005 que regulamenta a lei 10.436/2002 parece ser o momento oportuno para começar a se fazer reflexões acerca das conquistas legais relacionadas à surdez e sua efetiva implementação no ensino superior. Consideramos realizar esta pesquisa com graduandos em ciências biológicas destacando a sua pré e pós-participação na disciplina de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), pois já se passaram sete anos desde a regulamentação das leis supracitadas. O foco do presente artigo são as questões relacionadas aos conceitos ou (pré)conceitos desenvolvidos/instaurados na formação discursiva dos alunos de licenciatura em ciências biológicas relacionado-os às questões da Surdez e a efetividade da disciplina no conhecimento do discente. No primeiro momento vamos situar a questão das posições conceituais dos indivíduos que já tiveram alguma relação com pessoas surdas e posteriormente situar a importância proposicional da disciplina enquanto um componente curricular obrigatório, e ainda, compreender a formação imaginária da sociedade ouvinte sobre as formas de representação da surdez. Foram escolhidos 20 participantes para esse trabalho, sendo graduandos de licenciatura em ciências biológicas onde 10 eram pré-participantes da disciplina, ou seja, ainda não havia cursado e os outros 10 eram pós-participantes da disciplina, já havia cursado. O questionário tem caráter semiaberto contendo dez questões relativas à surdez e à disciplina de LIBRAS. A Análise foi feita num tratamento qualitativo dos dados. Conclui-se que a disciplina funciona como ferramenta de formação discursiva, embora, a carga horária hoje proposta ao curso seja insuficiente, aclara-se a relevância da disciplina na formação do futuro professor.