A pesquisa tem como proposta comprovar que as narrativas de Fernando Bonassi, Rodrigo Santos e Ana Maria Machado mais especificamente, O caso Prova Contrária, escrita em 2003, O conto Barataria, O romance Tropical o Sol da liberdade (2012), podem ser lidas como ficções de resistência ao regime militar instituído no Brasil, valorizando as vozes feminina, a partir dos conceitos de “fantasmagoria”, de Stephen Frosh e Jaques Derrida e “máquina de guerra”, formulado por Gilles Deleuze e Félix Guattari e Márcio Seligmann Silva. Assim sendo, essa pesquisa se justifica por comprovar que tais narrativas podem ser lidas como armas de resistência contra os regimes totalitários através da voz feminina descrita por escritores masculinos e uma descrita por autora feminina que oprimem os que representam um perigo ao poder estatal. Pretende-se comprovar através da representação artística que os grupos marginalizados, mulheres, foram e continuam sendo sujeitos vítimas desse pensamento reacionário, e, por esse motivo, as narrativas em questão evocam espectros de traumas históricos e se instituem como “máquinas de guerra” contra as coerções institucionalizadas.