As práticas de letramentos docentes numa perspectiva sociocultural e histórica têm motivado abordagens relevantes e profícuas na área de Linguística Aplicada. Tomando como base discussões propostas por Kleiman (2001, 2006, 2007), Vóvio; Síto e De Grande (2010) sobre letramento e formação docente, como também as reflexões de Barbosa e São Bernardo (2014, 2017) sobre Português como Língua de Acolhimento- PLAc, temos como objetivo neste trabalho analisar como se efetivam as práticas de ensino desenvolvidas para grupos de imigrantes e refugiados no ProAcolher (Projeto Português como Língua de Acolhimento), coordenado pela Profa. Dra. Lúcia Barbosa, na Universidade de Brasília. Interessa-nos, particularmente, observar na análise que concepção/ões de linguagem, escrita e leitura fundamenta/m o trabalho desenvolvido durante as aulas e nas interações da professora com os alunos efetivadas no grupo da turma no WhatsApp, considerando as orientações adotadas no referido projeto e a formação da professora. Trata-se de dados que compõem o corpus de uma pesquisa de estágio pós-doutoral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Línguística Aplicada da Universidade de Brasília -UnB. A produção dos dados aconteceu mediante o acompanhamento de uma turma que se encontrava no Estágio 2 de aprendizagem de PLAc. Todas as aulas aconteceram em caráter remoto, no período de março a junho de 2022. De acordo com os resultados, observamos que predomina a concepção interacionista de linguagem e de letramentos como práticas situadas no trabalho docente, realizado com a turma em foco