A pandemia provocada pelo coronavírus afastou por dois anos a vivência da rotina escolar a qual todos estavam habituados, com isso, ainda não se sabe o quão os estudantes foram afetados, desde as questões voltadas ao emocional provocadas pelo isolamento social, pelas perdas e medos até questões referentes às aprendizagens. Nesse contexto, e seguindo a proposta de educação integral apresentada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em que prever a formação e desenvolvimento humano global, apresentando dez competências gerais, entre estas, as competências socioemocionais, é perceptível a necessidade de trabalhar de forma intencional as competências na escola. Essa pesquisa de caráter qualitativa, tem seu desenvolvimento em aulas de língua portuguesa com estudantes dos anos finais. Como arcabouço teórico, fundamenta-se na Pedagogia Emocional de Chabot, na proposta do Instituto Ayrton Senna para o desenvolvimento das competências socioemocionais e outros estudiosos que contribuem para esse tema ainda incipiente nas produções acadêmicas. Em uma breve análise dos resultados deste trabalho, confirma-se que a promoção de práticas para o desenvolvimento das competências socioemocionais nas aulas de língua portuguesa surtem grande efeito para os estudantes quanto a identificação das emoções, bem como compreensão sobre como agir de forma competente a partir de situações novas e desafiadoras, desenvolvendo, portanto, estratégias para saber lidar com a frustração, insegurança, medo, perda, dor, além de fortalecer a empatia, a tolerância ao estresse, a responsabilidade, o foco, a persistência entre outras competências essenciais à vida em sociedade.