Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

ESTUDO ECOTOXICOLÓGICO DA BRÂNQUIA E DO RIM DA ESPÉCIE OLIGOSARCUS ARGENTEUS EM AMBIENTES IMPACTADOS PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO

Palavra-chaves: , , , , Pôster ST 05 - Consequências ecológicas do desastre de Mariana: panorama e perspectivas de mitigação
"2025-11-17" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 123861
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 10
    "inscrito_id" => 70
    "titulo" => "ESTUDO ECOTOXICOLÓGICO DA BRÂNQUIA E DO RIM DA ESPÉCIE OLIGOSARCUS ARGENTEUS EM AMBIENTES IMPACTADOS PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO"
    "resumo" => "O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015, é considerado o maior desastre ambiental envolvendo rejeitos de mineração no mundo, resultando na contaminação de mais de 650 km da bacia do Rio Doce. A exposição prolongada dos peixes a altos níveis de metais pesados presentes nos rejeitos pode causar estresse celular e fisiológico, promovendo o surgimento de patologias graves em diversos órgãos. As brânquias, por estarem em contato direto com a água, são importantes biomarcadores para a avaliação de poluentes, enquanto o rim, devido às suas funções excretora, osmorregulatória e endócrina, também se mostra relevante para análises ecotoxicológicas em contextos de contaminação. O presente estudo teve como objetivo avaliar as brânquias e rins da espécie Oligosarcus argenteus expostos de forma crônica a metais pesados resultantes do rompimento da barragem de Fundão, na bacia do Rio Doce. Foram realizadas quatro coletas trimestrais entre 2021 e 2022, em três pontos distintos: P1 - ponto referência no rio Piranga; P2 - rio Doce recém-contaminado pelos rejeitos; e P3 - rio Doce, localizado 75 km a jusante de P2. As concentrações de metais (Al, As, Cd, Fe, Mn e Hg) na água e nos sedimentos foram determinadas em cada ponto. Amostras de brânquias e rins de O. argenteus foram submetidas a análises histológicas, morfométricas e imunohistoquímicas, avaliando proteínas biomarcadoras: metalotioneína (indicador de contaminação por metais), HSP70 (estresse celular), catalase (estresse oxidativo), caspase 3 (morte celular) e HMGB1 (necrose). Os pontos P2 e P3 apresentaram maiores níveis de Al, Fe e Mn na água e de Al, As, Fe e Mn nos sedimentos em comparação a P1. Alterações morfométricas foram mais evidentes em P2 e P3, e o índice de alteração histopatológica (IAH) foi significativamente elevado em P2 nas brânquias e em P2 e P3 nos rins. A expressão das proteínas foi predominantemente observada nas células epiteliais, pilares e ionócitos das brânquias, assim como no epitélio dos túbulos renais. Os resultados indicam que, mesmo após mais de sete anos, a contaminação por metais pesados persiste no ambiente aquático, podendo afetar a fisiologia de órgãos vitais dos peixes e causar alterações histopatológicas severas que comprometem seu funcionamento. Este estudo reforça a importância de pesquisas contínuas para subsidiar ações de manejo e recuperação da bacia, além de contribuir para o entendimento dos efeitos a longo prazo da contaminação por metais pesados."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 05 - Consequências ecológicas do desastre de Mariana: panorama e perspectivas de mitigação"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID70_TB10_19092025153349.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ALIZÉE THOMAS"
    "autor_nome_curto" => "ALIZÉE THOMAS"
    "autor_email" => "alizeethomas@outlook.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 123861
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 10
    "inscrito_id" => 70
    "titulo" => "ESTUDO ECOTOXICOLÓGICO DA BRÂNQUIA E DO RIM DA ESPÉCIE OLIGOSARCUS ARGENTEUS EM AMBIENTES IMPACTADOS PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO"
    "resumo" => "O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015, é considerado o maior desastre ambiental envolvendo rejeitos de mineração no mundo, resultando na contaminação de mais de 650 km da bacia do Rio Doce. A exposição prolongada dos peixes a altos níveis de metais pesados presentes nos rejeitos pode causar estresse celular e fisiológico, promovendo o surgimento de patologias graves em diversos órgãos. As brânquias, por estarem em contato direto com a água, são importantes biomarcadores para a avaliação de poluentes, enquanto o rim, devido às suas funções excretora, osmorregulatória e endócrina, também se mostra relevante para análises ecotoxicológicas em contextos de contaminação. O presente estudo teve como objetivo avaliar as brânquias e rins da espécie Oligosarcus argenteus expostos de forma crônica a metais pesados resultantes do rompimento da barragem de Fundão, na bacia do Rio Doce. Foram realizadas quatro coletas trimestrais entre 2021 e 2022, em três pontos distintos: P1 - ponto referência no rio Piranga; P2 - rio Doce recém-contaminado pelos rejeitos; e P3 - rio Doce, localizado 75 km a jusante de P2. As concentrações de metais (Al, As, Cd, Fe, Mn e Hg) na água e nos sedimentos foram determinadas em cada ponto. Amostras de brânquias e rins de O. argenteus foram submetidas a análises histológicas, morfométricas e imunohistoquímicas, avaliando proteínas biomarcadoras: metalotioneína (indicador de contaminação por metais), HSP70 (estresse celular), catalase (estresse oxidativo), caspase 3 (morte celular) e HMGB1 (necrose). Os pontos P2 e P3 apresentaram maiores níveis de Al, Fe e Mn na água e de Al, As, Fe e Mn nos sedimentos em comparação a P1. Alterações morfométricas foram mais evidentes em P2 e P3, e o índice de alteração histopatológica (IAH) foi significativamente elevado em P2 nas brânquias e em P2 e P3 nos rins. A expressão das proteínas foi predominantemente observada nas células epiteliais, pilares e ionócitos das brânquias, assim como no epitélio dos túbulos renais. Os resultados indicam que, mesmo após mais de sete anos, a contaminação por metais pesados persiste no ambiente aquático, podendo afetar a fisiologia de órgãos vitais dos peixes e causar alterações histopatológicas severas que comprometem seu funcionamento. Este estudo reforça a importância de pesquisas contínuas para subsidiar ações de manejo e recuperação da bacia, além de contribuir para o entendimento dos efeitos a longo prazo da contaminação por metais pesados."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 05 - Consequências ecológicas do desastre de Mariana: panorama e perspectivas de mitigação"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID70_TB10_19092025153349.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ALIZÉE THOMAS"
    "autor_nome_curto" => "ALIZÉE THOMAS"
    "autor_email" => "alizeethomas@outlook.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015, é considerado o maior desastre ambiental envolvendo rejeitos de mineração no mundo, resultando na contaminação de mais de 650 km da bacia do Rio Doce. A exposição prolongada dos peixes a altos níveis de metais pesados presentes nos rejeitos pode causar estresse celular e fisiológico, promovendo o surgimento de patologias graves em diversos órgãos. As brânquias, por estarem em contato direto com a água, são importantes biomarcadores para a avaliação de poluentes, enquanto o rim, devido às suas funções excretora, osmorregulatória e endócrina, também se mostra relevante para análises ecotoxicológicas em contextos de contaminação. O presente estudo teve como objetivo avaliar as brânquias e rins da espécie Oligosarcus argenteus expostos de forma crônica a metais pesados resultantes do rompimento da barragem de Fundão, na bacia do Rio Doce. Foram realizadas quatro coletas trimestrais entre 2021 e 2022, em três pontos distintos: P1 - ponto referência no rio Piranga; P2 - rio Doce recém-contaminado pelos rejeitos; e P3 - rio Doce, localizado 75 km a jusante de P2. As concentrações de metais (Al, As, Cd, Fe, Mn e Hg) na água e nos sedimentos foram determinadas em cada ponto. Amostras de brânquias e rins de O. argenteus foram submetidas a análises histológicas, morfométricas e imunohistoquímicas, avaliando proteínas biomarcadoras: metalotioneína (indicador de contaminação por metais), HSP70 (estresse celular), catalase (estresse oxidativo), caspase 3 (morte celular) e HMGB1 (necrose). Os pontos P2 e P3 apresentaram maiores níveis de Al, Fe e Mn na água e de Al, As, Fe e Mn nos sedimentos em comparação a P1. Alterações morfométricas foram mais evidentes em P2 e P3, e o índice de alteração histopatológica (IAH) foi significativamente elevado em P2 nas brânquias e em P2 e P3 nos rins. A expressão das proteínas foi predominantemente observada nas células epiteliais, pilares e ionócitos das brânquias, assim como no epitélio dos túbulos renais. Os resultados indicam que, mesmo após mais de sete anos, a contaminação por metais pesados persiste no ambiente aquático, podendo afetar a fisiologia de órgãos vitais dos peixes e causar alterações histopatológicas severas que comprometem seu funcionamento. Este estudo reforça a importância de pesquisas contínuas para subsidiar ações de manejo e recuperação da bacia, além de contribuir para o entendimento dos efeitos a longo prazo da contaminação por metais pesados.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.