Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

COLEÇÃO ICTIOLÓGICA DO MZUFV: FERRAMENTA PARA COMPREENDER OS IMPACTOS DA UHE DE BRECHA E VALORIZAR O RIO PIRANGA EM PROL DA CONSERVAÇÃO DO RIO DOCE

Palavra-chaves: BIODIVERSIDADE, COLEÇÕES BIOLÓGICAS, DESASTRES AMBIENTAIS, HIDRELÉTRICA, PRESERVAÇÃO Pôster ST 08 - Conservação, Restauração e Políticas públicas
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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

A Coleção Ictiológica do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV) contém, atualmente, mais de 14.500 lotes de peixes, em sua maioria provenientes da bacia do rio Doce. Essa bacia sofre impactos antrópicos desde a década de 1930, agravados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. Entre os espécimes depositados no acervo, muitos são oriundos do rio Piranga, considerado o principal formador do rio Doce. O rio Piranga tem papel crucial para a conservação da ictiofauna, uma vez que não foi diretamente atingido pelos rejeitos do desastre. Além disso, situa-se na área de distribuição do surubim-do-doce (Steindachneridion doceanum), espécie endêmica e criticamente ameaçada de extinção, constituindo um dos últimos refúgios naturais dessa espécie. Apesar de sua relevância, o conhecimento sobre a ictiofauna do rio Piranga ainda é limitado, o que dificulta a elaboração de estratégias de conservação eficazes. A bacia também é afetada por pressões antrópicas, como a instalação da Usina Hidrelétrica (UHE) de Brecha, em Guaraciaba (MG), que contribui, por exemplo, para o assoreamento. Esse processo aumenta o risco de enchentes e altera as condições ambientais, comprometendo espécies adaptadas a ambientes lóticos. Nesse contexto, a Coleção Ictiológica do MZUFV representa uma ferramenta valiosa para estudos comparativos entre áreas impactadas e não impactadas, bem como entre diferentes ecossistemas aquáticos. O presente trabalho teve como objetivo identificar as espécies coletadas nas proximidades da UHE de Brecha e depositadas no acervo, ressaltando a importância da coleção para pesquisas voltadas à conservação da bacia do rio Doce. Para isso, foi realizado um levantamento com base nos registros disponíveis, com validação dos nomes científicos na plataforma Eschmeyer’s Catalog of Fishes. A partir dos dados validados, elaboraram-se gráficos que evidenciaram a diversidade de grupos ictiofaunísticos coletados nesta região. O resultado do levantamento da ictiofauna do reservatório registrou Characiformes, Cichliformes e Siluriformes como as ordens predominantes. Espécies migradoras, como Prochilodus vimboides e Megaleporinus conirostris, apresentaram baixa abundância, sugerindo que o reservatório atua como barreira à migração reprodutiva. Foram também registradas espécies exóticas, como Cyprinus carpio, indicando potencial de estabelecimento e impacto sobre a ictiofauna nativa. Assim, o levantamento evidencia que o reservatório da UHE de Brecha restringe a presença de espécies migradoras, enquanto espécies exóticas são mais abundantes. Portanto, a Coleção Ictiológica é útil para estudos de conservação da bacia do rio Doce, pois é um registro histórico da ictiofauna do rio Piranga.

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