Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

FRAGMENTAÇÃO E CONECTIVIDADE LONGITUDINAL: EFEITOS DAS BARRAGENS DE AIMORÉS E MASCARENHAS SOBRE A DERIVA DE OVOS E LARVAS DO BAIXO RIO DOCE

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

O rompimento da barragem de Mariana, em 2015, desencadeou um dos maiores desastres ambientais do Brasil, afetando a biota da bacia do rio Doce. Neste contexto, monitoramento do ictioplâncton realizado pelo PMBA/Fest entre dezembro 2020 e setembro de 2024 foi capaz de verificar os efeitos da fragmentação de habitats reprodutivos que são essenciais para a manutenção das populações de peixes, provocada pelas barragens de Aimorés e Mascarenhas sobre a reprodução de peixes no Baixo rio Doce. As amostragens, realizadas nas 14 estações de diferentes ambientes, indicaram diferenças significativas entre trechos o trecho livre de barramentos e ambientes represados. Na região a montante da UHE Aimorés observou-se baixa densidade de ovos e presença apenas de larvas em deriva, evidenciando ausência de desova local. Já no trecho entre Aimorés e Mascarenhas, as estações apresentaram densidade de ovos muito baixa, mas elevada densidade de larvas, sugerindo que os tributários adjacentes, como Guandu e Manhuaçu, contribuem como áreas alternativas de reprodução. O cenário se inverte a jusante da UHE Mascarenhas, onde a calha livre até a foz concentrou as maiores densidades de ovos e larvas, ultrapassando 950 larvas/10 m³ de Prochilodus spp. e 286 larvas/10 m³ para Pimelodus maculatus em Marilândia e Linhares. Esses valores, significativamente superior aos demais ambientes, indicam que os trechos livres mantêm a conectividade essencial para espécies migradoras. Além disso, a foz apresentou elevada densidade de larvas em estágios iniciais, reforçando sua importância como área berçário. Em contrapartida, os reservatórios de Aimorés e Mascarenhas apresentaram padrões homogêneos, com predominância de larvas em deriva e composição de espécies semelhante, refletindo a perda de habitats lóticos adequados à desova. Esses resultados evidenciam que a fragmentação longitudinal do Baixo rio Doce restringe a reprodução de espécies-chave, reduz a conectividade ecológica e compromete a resiliência da ictiofauna, tornando prioritária a manutenção dos trechos livres de barramentos e a proteção dos tributários como rotas complementares de dispersão e desova após o desastre de Mariana.

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