Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

RESPOSTA DO FITOPLÂNCTON À RETIRADA DE REJEITOS E REESTABELECIMENTO DO VOLUME DE ÁGUA NO RESERVATÓRIO DE CANDONGA-MG

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

O rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 2015, afetou drasticamente o reservatório de Candonga. Este reservatório, localizado a 120 km do local do desastre, reteve cerca de 10 milhões de m³ de rejeitos e teve sua capacidade de armazenamento e qualidade ambiental comprometidas, demandando medidas emergenciais de desassoreamento. As intervenções ocorreram entre 2022 e 2023, seguidas do reenchimento e retorno operacional da UHE Risoleta Neves. Neste estudo, avaliamos as mudanças nas qualidade ambiental e a resposta da comunidade fitoplanctônica frente a essas intervenções ao comparar os períodos pré (abril, julho e outubro de 2022 e janeiro de 2023) e pós-enchimento (janeiro, abril, julho e outubro de 2024). Foram avaliados 12 parâmetros físicos e químicos da água: pH, concentração de oxigênio dissolvido, condutividade elétrica, turbidez, concentrações de carbono inorgânico dissolvido, nitrogênio total, nitrato, fósforo total, manganês total, ferro, cobre e alumínio dissolvidos. Amostras integradas de fitoplâncton foram coletadas em duplicata com auxílio de garrafa de Van Dorn e contadas pelo método de sedimentação de Utermhöl. Notou-se redução da turbidez (185 para 79 NTU) e do fósforo total (56 para 21 µg/L), bem como aumento das concentrações de nitrato (1569 para 1906 µg/L) e nitrogênio total (0,49 para 0,8 mg/L) após as intervenções. O fitoplâncton respondeu às intervenções com aumento da riqueza (132 para 192 taxa), da densidade (140 para 5.625 org./mL) e da diversidade (H’= 1,39 para 2,06) e redução da dominância (Simpson 1-D= 0,51 para 0,73). Estes resultados refletiram uma mudança na estrutura dessa comunidade, dominada inicialmente por Cryptomonas, associada a condição mais turva, para maior contribuição de Cyanobium e Aphanocapsa em condições de maior oxigenação e transparência. Os dados sugerem que o reenchimento foi o gatilho ecossistêmico para a reorganização do fitoplâncton, enquanto a retirada de rejeitos modulou mais diretamente os indicadores físicos e químicos. A intervenção realizada mostrou-se positiva para o sistema, acarretando em melhores condições limnológicas e na reorganização do fitoplâncton, com aumento de diversidade e redução de dominância. Concluímos que a intervenção pode ter auxiliado na recuperação da comunidade fitoplanctônica, contudo é preciso a continuidade das amostragens para verificar se, de fato, há um novo estado de estabilidade, com maior resiliência e resistência conferida pelo aumento da diversidade.

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