Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

ESTUDO DA RESISTÊNCIA A METAIS PESADOS EM LARVAS DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS PELA ALCALINIDADE INTESTINAL

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

Lutzomyia longipalpis, principal vetor de Leishmania infantum no Brasil, apresenta um ciclo de vida em que as larvas se desenvolvem no solo. A presença de mecanismos de resistência a poluentes nesse ambiente pode favorecer sua sobrevivência, conferindo vantagem competitiva e, consequentemente, potencializando a transmissão da leishmaniose visceral. Um cenário semelhante pode estar ocorrendo nas áreas da bacia do Rio Doce afetadas pelos rejeitos de minério da Samarco, após o rompimento da barragem de contenção. Evidências preliminares de Dias e Ribeiro (2022) indicam que larvas expostas a metais dos rejeitos sobreviveram até a fase adulta, demonstrando resistência significativa a esses contaminantes. O pH alcalino de 10,5 no intestino médio anterior dessas larvas pode contribuir para a resistência aos metais pesados, pois o aumento de íons hidroxila (OH?) favorece a formação de hidróxidos insolúveis, diminuindo a biodisponibilidade dos metais. Com base no pH 10,5 do intestino médio anterior das larvas, observou-se que os sais de cobre e cádmio, precipitaram como hidróxidos insolúveis após a adição gradual de NaOH e menos de 1% do metal permaneceu em forma solúvel e biodisponível. Investigamos também a sobrevivência de larvas L3 de Lutzomyia longipalpis expostas a concentrações de cobre, cádmio, chumbo, mercúrio e ferro muito superiores às encontradas no latossolo da bacia do Rio Doce, após o desastre ambiental. Mesmo na condição de maior toxicidade, que resultou no efeito mais expressivo sobre a mortalidade, aproximadamente 50% das larvas sobreviveram. Apesar dos efeitos fisiológicos observados em altas concentrações, as larvas de L. longipalpis demonstram uma surpreendente tolerância, superando seus limites de resistência e completando o ciclo de vida. Para investigar a ocorrência do mecanismo de precipitação de íons metálicos, avaliou-se se as larvas de Lutzomyia longipalpis eliminam precipitados de metais pesados nas fezes. Para tanto, preparou-se uma ração contaminada com formas solúveis de chumbo (Pb) e cobre (Cu), a qual foi oferecida a dois grupos experimentais: um contendo larvas e outro sem larvas. A partir da análise das amostras, quantificou-se o metal solúvel presente utilizando Espectrometria de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS). Os resultados demonstraram que os grupos contendo larvas apresentaram concentrações significativamente menores de Cu e Pb solúveis, indicando que uma fração dos metais solúveis havia precipitado na forma de hidróxidos durante o processo digestivo das larvas. Isso demonstra a espantosa capacidade de tolerância das larvas ao ingerir metais pesados, permitindo que habitem ambientes altamente poluídos.

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