Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

AQUALAND: RASTREANDO OS IMPACTOS DA MINERAÇÃO NA BIODIVERSIDADE E NA CONECTIVIDADE AQUÁTICO-TERRESTRE EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA TROPICAL

Palavra-chaves: , , , , Pôster ST 07 - Impactos na biota aquática, costeira e marinha Bacia do Rio Doce
"2025-11-17" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 123926
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 80
    "inscrito_id" => 468
    "titulo" => "AQUALAND: RASTREANDO OS IMPACTOS DA MINERAÇÃO NA BIODIVERSIDADE E NA CONECTIVIDADE AQUÁTICO-TERRESTRE EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA TROPICAL"
    "resumo" => "Bacias hidrográficas desempenham funções ecológicas essenciais, sustentadas por complexas interações físico-químicas e biológicas que mantêm a integridade dos córregos e de suas zonas ripárias. Impactos que interrompem essas interações alteram a dinâmica trófica e comprometem a prestação de serviços ecossistêmicos. Em novembro de 2015, o Brasil vivenciou o mais grave desastre ambiental de sua história: o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração em Mariana (MG). À medida que espécies são perdidas, a conectividade e o funcionamento ecológico entre os ecossistemas aquáticos e terrestres tendem a declinar. Aqui, investigamos os efeitos da mineração sobre a estrutura das comunidades de insetos aquáticos e, consequentemente, sobre a conectividade aquático-terrestre na bacia do Rio Doce. Amostramos em 30 pontos ao longo da porção mineira do Rio Doce, sendo 15 com deposição de rejeitos (ecossistemas impactados) e 15 sem deposição de rejeito (ecossistemas de referência), entre 2022 e 2023. A biodiversidade de insetos foi mensurada através de métodos tradicionais, utilizando surber e armadilhas de luz, e moleculares, DNA ambiental da água. Além disso variáveis físico-químicas da água, granulometria e uso do solo no foram anotadas. Coletamos aproximadamente 160.000 indivíduos, pertencentes a 19 ordens, dos quais 52% foram representados pela ordem foram Trichoptera, seguidos por Diptera e Coleoptera. A identificação de Trichoptera está em andamento, até o momento, registramos 162 espécies distribuídas em 36 gêneros e 12 famílias, incluindo sete novos registros para a bacia. A triagem molecular recuperou uma diversidade substancial e indicou que a riqueza de insetos foi marginalmente menor em áreas impactadas por rejeitos do que nas áreas de referência (p = 0,086), enquanto a composição da comunidade diferiu entre tratamentos (p = 0,012). A biomassa exportada do ambiente aquático para o terrestre não variou ao nível de ordem, mas diferenças emergiram em menor escala, à nível de gênero (p = 0,0012), sugerindo um possível efeito oculto a nível populacional. Análises nutricionais estão em curso para avaliar se a qualidade dos insetos exportados também foi afetada pela deposição de rejeitos. Em conjunto, os resultados sugerem que a mineração reestrutura comunidades aquáticas e pode alterar o subsídio trófico aos ecossistemas terrestres. Esses achados são relevantes para verificar se os impactos se estendem além do meio aquático, com implicações para cadeias alimentares terrestres, e para orientar ações de restauração e conservação na bacia do Rio Doce."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 07 - Impactos na biota aquática, costeira e marinha Bacia do Rio Doce"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID468_TB80_08102025185333.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "LARISSA MOREIRA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "LARISSA MOREIRA"
    "autor_email" => "larissamoreira.sillva@outlook.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 123926
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 80
    "inscrito_id" => 468
    "titulo" => "AQUALAND: RASTREANDO OS IMPACTOS DA MINERAÇÃO NA BIODIVERSIDADE E NA CONECTIVIDADE AQUÁTICO-TERRESTRE EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA TROPICAL"
    "resumo" => "Bacias hidrográficas desempenham funções ecológicas essenciais, sustentadas por complexas interações físico-químicas e biológicas que mantêm a integridade dos córregos e de suas zonas ripárias. Impactos que interrompem essas interações alteram a dinâmica trófica e comprometem a prestação de serviços ecossistêmicos. Em novembro de 2015, o Brasil vivenciou o mais grave desastre ambiental de sua história: o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração em Mariana (MG). À medida que espécies são perdidas, a conectividade e o funcionamento ecológico entre os ecossistemas aquáticos e terrestres tendem a declinar. Aqui, investigamos os efeitos da mineração sobre a estrutura das comunidades de insetos aquáticos e, consequentemente, sobre a conectividade aquático-terrestre na bacia do Rio Doce. Amostramos em 30 pontos ao longo da porção mineira do Rio Doce, sendo 15 com deposição de rejeitos (ecossistemas impactados) e 15 sem deposição de rejeito (ecossistemas de referência), entre 2022 e 2023. A biodiversidade de insetos foi mensurada através de métodos tradicionais, utilizando surber e armadilhas de luz, e moleculares, DNA ambiental da água. Além disso variáveis físico-químicas da água, granulometria e uso do solo no foram anotadas. Coletamos aproximadamente 160.000 indivíduos, pertencentes a 19 ordens, dos quais 52% foram representados pela ordem foram Trichoptera, seguidos por Diptera e Coleoptera. A identificação de Trichoptera está em andamento, até o momento, registramos 162 espécies distribuídas em 36 gêneros e 12 famílias, incluindo sete novos registros para a bacia. A triagem molecular recuperou uma diversidade substancial e indicou que a riqueza de insetos foi marginalmente menor em áreas impactadas por rejeitos do que nas áreas de referência (p = 0,086), enquanto a composição da comunidade diferiu entre tratamentos (p = 0,012). A biomassa exportada do ambiente aquático para o terrestre não variou ao nível de ordem, mas diferenças emergiram em menor escala, à nível de gênero (p = 0,0012), sugerindo um possível efeito oculto a nível populacional. Análises nutricionais estão em curso para avaliar se a qualidade dos insetos exportados também foi afetada pela deposição de rejeitos. Em conjunto, os resultados sugerem que a mineração reestrutura comunidades aquáticas e pode alterar o subsídio trófico aos ecossistemas terrestres. Esses achados são relevantes para verificar se os impactos se estendem além do meio aquático, com implicações para cadeias alimentares terrestres, e para orientar ações de restauração e conservação na bacia do Rio Doce."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 07 - Impactos na biota aquática, costeira e marinha Bacia do Rio Doce"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID468_TB80_08102025185333.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "LARISSA MOREIRA SILVA"
    "autor_nome_curto" => "LARISSA MOREIRA"
    "autor_email" => "larissamoreira.sillva@outlook.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

Bacias hidrográficas desempenham funções ecológicas essenciais, sustentadas por complexas interações físico-químicas e biológicas que mantêm a integridade dos córregos e de suas zonas ripárias. Impactos que interrompem essas interações alteram a dinâmica trófica e comprometem a prestação de serviços ecossistêmicos. Em novembro de 2015, o Brasil vivenciou o mais grave desastre ambiental de sua história: o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração em Mariana (MG). À medida que espécies são perdidas, a conectividade e o funcionamento ecológico entre os ecossistemas aquáticos e terrestres tendem a declinar. Aqui, investigamos os efeitos da mineração sobre a estrutura das comunidades de insetos aquáticos e, consequentemente, sobre a conectividade aquático-terrestre na bacia do Rio Doce. Amostramos em 30 pontos ao longo da porção mineira do Rio Doce, sendo 15 com deposição de rejeitos (ecossistemas impactados) e 15 sem deposição de rejeito (ecossistemas de referência), entre 2022 e 2023. A biodiversidade de insetos foi mensurada através de métodos tradicionais, utilizando surber e armadilhas de luz, e moleculares, DNA ambiental da água. Além disso variáveis físico-químicas da água, granulometria e uso do solo no foram anotadas. Coletamos aproximadamente 160.000 indivíduos, pertencentes a 19 ordens, dos quais 52% foram representados pela ordem foram Trichoptera, seguidos por Diptera e Coleoptera. A identificação de Trichoptera está em andamento, até o momento, registramos 162 espécies distribuídas em 36 gêneros e 12 famílias, incluindo sete novos registros para a bacia. A triagem molecular recuperou uma diversidade substancial e indicou que a riqueza de insetos foi marginalmente menor em áreas impactadas por rejeitos do que nas áreas de referência (p = 0,086), enquanto a composição da comunidade diferiu entre tratamentos (p = 0,012). A biomassa exportada do ambiente aquático para o terrestre não variou ao nível de ordem, mas diferenças emergiram em menor escala, à nível de gênero (p = 0,0012), sugerindo um possível efeito oculto a nível populacional. Análises nutricionais estão em curso para avaliar se a qualidade dos insetos exportados também foi afetada pela deposição de rejeitos. Em conjunto, os resultados sugerem que a mineração reestrutura comunidades aquáticas e pode alterar o subsídio trófico aos ecossistemas terrestres. Esses achados são relevantes para verificar se os impactos se estendem além do meio aquático, com implicações para cadeias alimentares terrestres, e para orientar ações de restauração e conservação na bacia do Rio Doce.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.