Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

CICATRIZES QUE NÃO CICATRIZAM: IMPACTOS DOS REJEITOS DE MINERAÇÃO A DINÂMICA DE DECOMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DA BACIA DO RIO DOCE

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

O rompimento da barragem de Fundão, em 2015, liberou cerca de 50 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro na bacia hidrográfica do Rio Doce, alterando severamente as propriedades do solo e a vegetação ripária. Oito anos após o desastre, este estudo avaliou como os rejeitos de mineração afetam a decomposição da serapilheira, processo essencial para a ciclagem de nutrientes e a regeneração florestal. A pesquisa foi realizada em cinco regiões da bacia (Mariana, Rio Casca, Ipatinga, Conselheiro Pena e Aimorés), abrangendo as estações seca e chuvosa e comparando solos de referência e solos impactados. Foram aplicadas duas abordagens: o índice padronizado Tea Bag Index (TBI), para estimar a taxa de decomposição (k) e o fator de estabilização (S), e uma versão modificada do TBI, que avaliou a decomposição da serapilheira de três espécies nativas por região e da gramínea invasora Urochloa decumbens. Os resultados mostraram que o TBI padronizado não apresentou diferenças significativas entre áreas de referência e impactadas, indicando baixa sensibilidade do método à contaminação. Em contrapartida, a decomposição da serapilheira nativa foi altamente influenciada pelas condições edáficas alteradas. Em Mariana, os rejeitos reduziram fortemente a decomposição de Piptadenia gonoacantha e Schinus terebinthifolius (55% e 63% menores, respectivamente). A sazonalidade aumentou os valores de k de S. terebinthifolius (24%) e Eugenia florida (66%) na estação seca. Em Rio Casca, Guarea macrophylla decompôs 54% mais rápido na seca, enquanto Sloanea guianensis reduziu 49% na chuva. Em Ipatinga, E. florida manteve forte resposta sazonal (57% maior na seca) e U. decumbens apresentou menor decomposição em solos impactados. Em Conselheiro Pena, Astronium urundeuva teve k consistentemente menor em áreas contaminadas, enquanto U. decumbens aumentou sua decomposição. Em Aimorés, observou-se leve incremento (9%) na decomposição da gramínea durante a seca. De modo geral, U. decumbens manteve ou acelerou sua decomposição em solos impactados, sugerindo que as condições alteradas favorecem sua expansão. Conclui-se que o TBI padronizado subestima os efeitos da contaminação, enquanto a decomposição espécie-específica revela respostas ecológicas críticas. Para a restauração de florestas ripárias em áreas pós-mineração, recomenda-se combinar espécies nativas com diferentes estratégias de decomposição, promovendo o restabelecimento da ciclagem de nutrientes e o controle de espécies invasoras.

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