Artigo Anais do XV SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-055-4

USO DE GEORADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO EM ESTUDOS PEDOGEOMORFOLÓGICOS NO LITORAL NORTE DA BAHIA

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Publicado em 12 de setembro de 2025

Resumo

Os Tabuleiros Costeiros do Litoral Norte do Estado da Bahia apresentam predominantemente formações superficiais arenosas, entre elas, coberturas pedológicas desenvolvidas em materiais alóctones e autóctones. Essas superfícies abrigam solos frágeis e altamente suscetíveis à degradação, intensificada pela especulação imobiliária atrelada à atividade turística. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo associar o uso do Georradar de Penetração no Solo (GPR) aos estudos pedogeomorfológicos realizados em Tabuleiros Costeiros Dissecados no Litoral Norte da Bahia (Figura 1). Complementarmente, houve a associação dos dados geofísicos à análise geoquímica de Ti e Zr por fluorescência de raios X (FRX), utilizando-se a razão Zr/Ti, conforme Maynard (1992). O GPR opera por emissão de pulsos eletromagnéticos de alta frequência em direção ao solo, captando sinais refletidos em diferentes camadas, em função das distintas propriedades dielétricas dos materiais subsuperficiais. Foram realizados levantamentos com GPR ao longo de uma topossequência compreendida por Neossolo Quartzarênico, Espodossolo e Cambissolo. Os resultados apresentados no Radargrama 1 (Figura 2), indicam a presença de um conjunto de refletores contínuos e mais intensos entre 8 e 15 m de profundidade no Perfil 1 (Compartimento de montante - Neossolo Quartzarênico Órtico típico), que se estende até o Perfil 2 (Compartimento intermediário - Espodossolo Humilúvico Órtico arênico), onde se torna mais superficial, alcançando cerca de 2 m de profundidade. Esse padrão sugere a presença de um material de alta condutividade, possivelmente associado aos horizontes espódicos e uma camada endurecida presente em sua base. Ressalta-se, também, a presença de uma zona de menor intensidade relacionada aos horizontes arenosos C e E dos Neossolos Quartzarênicos e dos Espodossolos, respectivamente. No radargrama 2 (Figura 3), entre o Compartimento Intermediário e o Perfil 3 (Compartimento de jusante – Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico), os refletores que indicam a presença de material endurecido, identificados no radargrama 1, diminuem em intensidade, aproximadamente 6 m após o Perfil 2, enquanto outro conjunto de refletores surge abaixo do referido material endurecido estendendo-se até o Perfil 3, onde é observado a uma profundidade de aproximadamente 4 m. No Perfil 3, indícios obtidos por tradagens e dados geofísicos, apontam que o lençol freático ocorra a partir de cerca de 6 m de profundidade, variando conforme a topografia e a formação geológica do local. A análise integrada dos dados de GPR e da relação Zr/Ti (Figura 4) evidenciou duas importantes descontinuidades: (1) entre os horizontes arenosos e o material endurecido encontrado na base dos setores de montante e intermediário da topossequência; (2) entre esse material endurecido e os horizontes do Cambissolo na baixa vertente. A camada endurecida foi interpretada como uma duricrosta caulinítica, formada pela cimentação de materiais inconsolidados ou saprolíticos (FORTUNATO, 2004; BÁRDOSSY; ALEYA, 1990), e possivelmente contribuiu para o processo de gênese dos Espodossolos identificados na região. A experiência demonstrou o potencial do GPR como ferramenta complementar para estudos pedogeomorfológicos. Trata-se de uma aplicação ainda em fase experimental, que requer aprofundamento metodológico, mas que já aponta caminhos para o uso integrado de métodos geofísicos e geoquímicos na investigação de solos em ambientes tropicais úmidos.

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