A PROBLEMÁTICA DOS RIOS URBANOS: A NEGAÇÃO DA NATUREZA NAS CIDADES – O CASO DE BELÉM/PA
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Nesse contexto, emerge a seguinte questão-problema: como o urbanismo ocidental influenciou no processo de transformação dos rios urbanos de Belém contribuindo para sua negação e degradação? Para responder a essa problemática, a pesquisa estabelece, como objetivos específicos: examinar o papel do Estado e do capital nas transformações dos rios urbanos, compreendidos como instrumentos de controle sanitário, estético e territorial, e compreender como essa lógica influenciou nas intervenções nos rios urbanos de Belém, por meio do estudo de caso dos canais da Doca (antigo Igarapé das Almas) e Tamandaré (remanescente do Igarapé do Piri), evidenciando as consequências ambientais e sociais. A abordagem dialética, com base em revisão bibliográfica, análise histórica e estudo de caso, evidencia o papel do Estado e do capital na subordinação da natureza ao projeto urbano. Os resultados da pesquisa apontam como o caso de Belém exemplifica um conflito entre modelos urbanos universalizantes, de base eurocêntrica, e as necessidades concretas de contextos urbanos amazônicos, demonstrando como a negação dos rios é parte de um processo mais amplo de racionalização técnica e dominação territorial." 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