Artigo Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia

ANAIS de Evento

ISSN: 2175-8875

GÊNERO E ÁGUA: A RELAÇÃO ENTRE A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO E A VIDA DAS MULHERES DO BAIRRO JARDIM SANTANA EM PORTO VELHO-RO

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A pesquisa sobre gênero e água se dar pelo fato de vermos que as mulheres ainda são as responsáveis por esse bem dentro de Casa, e que a falta de saneamento prejudica toda uma jornada dessas mulheres, que hoje metade delas são chefes de familias.Ao escolher fazer a pesquisa com as mulheres do bairro jardim Santana se justifica por vê que existe um grande número de pessoas que se encontram em busca de água potável no ponto de distribuição que acontecer a anos dentro do bairro, e que sua maioria são mulheres. A Partir disso veio a pergunta: Como as mulheres do bairro Jardim Santana são impactadas pela falta do saneamento básico?. Assim se deu a pesquisa com o objetivo geral que foi evidenciar as experiências e os desafios que elas sofrem com a falta de água dentro de suas residências e a precariedade do saneamento básico.Com os objetivos específicos que são. I - Analisar como é feita a coleta de água, armazenamento e a distribuição desse recurso. II- Identificação dos principais problemas de saneamento básico na comunidade. Para fazer essa análise dos desafios enfrentados por elas dentro do bairro, foi utilizado nessa pesquisa o método fenomenológico, pois assim foi possível descreve a realidade e experiências dessas mulheres. A pesquisa com riqueza de detalhes para retratar não só suas experiências e desafios, mas sabe suas histórias e realidade dentro e fora das residências, foi possível através de entrevista individual com essas mulheres, que com o encontro se abriram de forma única para mostrar todas as partes de seus cotidianos e nunca esquecendo de suas essências durantes esses anos como moradoras e como cidadãs levantamento de cada detalhe foi possível pelo fato de fazer o acompanhamento delas pelo bairro observando de forma holística cada resultado de falas e atividades. METODOLOGIA Através da busca por resposta este estudo foi embasado no método fenomenológico, que para RELPH(1979) a fenomenologia tem a ver com os princípios, com as origens do significado e da experiência. Assim sendo, realizando uma pesquisa direta entre as pessoas e o espaço vivido, permitindo uma compreensão sobre estes relatos vividos no espaço e tempo fazendo uma descrição clara da experiência e de como ela é realmente para cada indivíduo. Para o estudo mais detalhado utilizei a metodologia qualitativa buscando interpretar esses processos com as mulheres de uma forma mais contextualizada. Onde de acordo com PESSOA;CRUSOÉ(2022) A abordagem qualitativa apresenta aspectos subjetivos do comportamento e dos fenômenos sociais que proporcionam conhecimentos da realidade. Assim, realizei uma exploração dentro do campo baseado na particularidade dessas mulheres e nas experiências de seu dia a dia. Diante disso com o uso da metodologia qualitativa que tem como modo de pesquisa seus instrumentos para validar o objetivo pesquisando que Segundo Hartmut Günther (2006) a pesquisa qualitativa considera cada problema objeto de uma pesquisa específica para a qual são necessários instrumentos e procedimentos específicos. Por esses instrumentos de pesquisa busquei a concordância de Patton,2002 diz que a entrevista em profundidade e a observação participante, são fundamentais para a compreensão das experiências, significados e valores das pessoas envolvidas na pesquisa. Através dos instrumentos de pesquisa Entrevista, observação participante e pesquisa bibliográfica foi possível buscar as melhores perguntas para elaboração dessa pesquisa, para que não se limitasse somente em respostas diretas, mas que elas pudessem compartilhar outras experiências relacionadas à temática. Ao início da atividade de campo se fez necessário uma elaboração de perguntas simples para a compreensão das pesquisadas. Ao encontro face a face com as mulheres foi feito de primeiro contato com elas uma apresentação sobre a temática trabalhada, na sequência foi informadas à elas sobre como seria a entrevista e sua finalidade. A entrevista se deu de forma individual com essas mulheres no ano de 2023. As respostas foram registradas por escrito. Essas perguntas foram estruturadas para todas, as entrevistas duraram de 1 hora à 1 hora 30,onde elas iam me mostrando seus problemas gerais, insatisfação e locais de onde vinha a água de onde utilizavam, algumas abriram as portas de casa para mostrarem seus lares e a forma como levavam seus cotidiano. Saia de casa às 15hrs00 e finalizando às 18hrs30,obtendo 2 entrevistadas no dia. A entrevista me possibilitou registrar momentos e ouvir relatos que até então não são parados para ter uma compreensão, as perguntas realizadas tiveram seus objetivos mais claros, e com cuidado ao interpretar cada palavra e olhar de confiança que eram observados, tendo assim uma troca entre a pesquisadora e as entrevistadas. Ao usar a técnica da observação participante foi possível ter contato com o dia a dia dessas moradoras, sendo esse fundamental para o conhecimento do seu cotidiano e de como elas fazem para ter água, e os cuidados com o saneamento. A pesquisa bibliográfica e documental foi a que permitiu ter uma base de conhecimento científico é das categorias geográficas evidenciadas aqui. Onde as informações pesquisadas foram feitas de livros,artigos,dissertações,teses e documentários. Local da Pesquisa foi realizada no bairro Jardim Santana é um dos 105 bairros que ficam em Porto Velho no estado de Rondônia. Localizado na zona leste de Porto Velho, o Jardim Santana teve sua ocupação no início da década de 1990,sendo doado ao município de Porto Velho em agosto de 2009,pela União Federal, através do ministério do desenvolvimento agrário(MDA). Seu nome foi dado em homenagem ao prefeito Jerônimo Santana. O bairro Jardim Santana possui hoje uma quantidade de 91 ruas, Segundo a SEMPOG tem aproximadamente 2.173 lotes. Bairro está interligado com os bairros,socialista,Mariana e Esperança. A realização do campo se deu início em novembro de 2022,onde fui nos dias 20 e 21 andando pelo o bairro e observando o saneamento básico, e os pontos de coleta de água, onde foi possível fotografar o local ainda no período chuvoso. Entretanto passei o resto dos últimos meses convidado mulheres e fortalecendo meu laço com elas para uma futura entrevista, porém vale destacar aqui uma mentora no bairro chamada Rosycleia (moradora) que me apresentou mulheres que confiaram nessa pesquisa. Em abril de 2023 fiz a coleta de dados com essas mulheres entre os dias 11/04 à 19/04, algumas só responderam não me autorizaram as fotografias, outras já compartilharam tudo que o campo precisava, foram entrevistadas 23 mulheres com idades diferentes uma das outras. Durante esses dias indo de encontro com elas, chegava a casa delas às 15hrs00 é finalizava as 18hrs30, dentro das perguntas elaboradas que foram no total 11,entre suas respostas iam sendo levantadas outras perguntas que fazia elas contaram suas histórias, desde de quando iniciaram a morada no bairro e de como elas se mantiveram até hoje. Enquanto fui no ponto de coleta fiz o acompanhamento delas na busca por água, então outras buscavam com vizinhos, fui observando os poços e ruas de cada entrevistada, sendo possível acompanhar ali a rotina de todo os anos de dificuldades. A realização de campo foi muito agradável, podendo ouvir e observar coisas que passam a olho nu, todo o campo se deu de forma individual cultivando sintonia com a pesquisa e com as mulheres. RESULTADOS E DISCUSSÃO A falta de água dentro das residências ainda é uma realidade para as mulheres do bairro, são elas que em sua grande maioria que vão em busca da água e que fazem as atividades de casa. Pontes,2013 afirma que são elas as responsáveis pelas tarefas domésticas e por garantirem a água do dia a dia. Diante das falas foi possível observar a angústia por ter que ir coleta água para beber, sentindo-se abandonadas nesse eixo tão importante para elas, como moradoras antigas do bairro elas vêm lutando para um bem estar melhor a cada dia. Dentro do bairro tem um ponto de distribuição de água. É nesse ponto que se concentra quase todo o bairro para buscar água, tendo também em algumas ruas vizinhos que colocam torneiras para fora para que os outros moradores possam consumir, esses poços artesianos que alguns moradores possuem é o que faz algumas mulheres diminuírem seu tempo para coleta de água potável. Esse ponto de coleta fica localizado bem no centro do bairro, atrás da E.E.E.F.M Ulisses Guimarães, na Rua Turmalina 10015, onde as torneiras ficam anexas ao muro da escola estadual. A escola já contribui com o bairro segundo moradores a mais de 23 anos, sendo esse o local que moradores do bairro socialista também vão em busca de água, porém aos finais de semanas que por falta de vigilante acabam ficando sem água nas torneiras da escola. As entrevistadas disseram que vão mais de 2 vezes por dia no ponto que ceder água, e que leva mais de 30 minutos para pegá-la, isso quando não tem gente no local. Durante o campo foi observado que todas as entrevistadas possuíam poços simples ou rasos, que é de onde vem a água que elas possuíam para a utilização de afazeres domésticos como: limpa casa, lava louça, roupa e toma banho e cozinha. Ao que relatado pelas moradoras o uso do poço é complicado, pois tem vezes que a água vem com mau cheiro ou com sujeiras, com isso elas passam a ir mais vezes ao dia na corrida pela água para atender todas as necessidades. Fernandes e kuniyoshi,p.261,2020 ressalta que são elas que têm o conhecimento sobre a localização da água, qualidade e os melhores métodos de armazenagem. Como também foi visto que em todas as residências ou no ponto de coleta, elas utilizavam galões ou garrafas pets para armazenamento. Perante os relatos elas nos disseram que a situação para a compra de água mineral é rara, isso só quando entra um aumento na renda que acaba levando elas a outras alternativas, Uma das moradoras relata que utiliza o filtro para purificar á água que vem do poço. O saneamento básico precário ainda é realidade dentro do bairro jardim Santana, como já visto na literatura são as mulheres as mais atingidas pela falta desse recurso. Dentro do campo foi observado essa falta de infraestrutura já começando pelas ruas e pela falta de água. Nas ruas vemos bueiros transportando e dificultando os moradores a andarem pelas ruas, ficando expostos a doenças. A falta de infraestrutura acaba deixando consequências nessas mulheres, pois quando são afetadas ou algum membro da família a ausência no trabalho e nos estudos recai sobre elas. O bairro ainda tem carência nas áreas de saneamento que vem atingido essas moradoras e deixando elas em desigualdade perante a sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento desse estudo se deu a partir do objetivo principal que era evidencia os impactos sofrido pelas mulheres do bairro Jardim Santana na falta de água e saneamento básico, durante a pesquisa foi possível obter histórias de suas vidas em relação a água e saneamento do bairro, sendo evidente suas dificuldades para coleta de água e garantir uma qualidade de vida de direito conquistada para todos. Foi nítido vermos sua relação direta com a água e de como são as principais responsáveis por esse bem tão essencial, onde a falta de saneamento prejudica elas em outros a fazerem de suas vidas, se tornando cultural essas relações onde a desigualdade é evidente para ela. Dessa forma o impacto pela falta de saneamento para essas mulheres é a percepção crucial para mudanças em suas vidas, mas buscando a cada dia uma melhora para suas gerações futuras. Sendo assim, sugere-se estudo futuros nessa abordagem, onde essa relação direta do gênero com as águas e com o meio ambiente,venha se tornar igualitário, evidenciando impactos e desigualdades para elas. Sendo necessário estudos que ocorram também nas zonas rurais ou Terras Indígenas, se aprofundando nas conexões da água para garantia das gerações futuras. A compreensão das vivências dessas mulheres é perceptível para que haja uma melhoria em relação às políticas públicas, fazendo com que essas mulheres obtenham de seus direitos, que comecem iniciativas para que assuntos como esse sejam pautados dentro das escolas e das comunidades, criando grupos que façam a diferença nos seus meios de conveniências. Que mulheres sejam transformadas e transformadoras de conceitos que as envolve desde desde a mais pequena até as mais inovadoras construções sociais. Reduzindo assim os impactos que as impedem de uma melhor qualidade de vida, tendo inclusão e empoderamento das mesmas para um equilíbrio não só ambiental mas social."
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Publicado em 28 de novembro de 2025

Resumo

INTRODUÇÃO A relação da água com o gênero vem crescendo a cada dia, reconhecendo que o papel das mulheres na participação desses debates, pois a ausência do acesso ao saneamento prejudica a todos, mas o impacto maior recai sobre as mulheres. A falta de água e saneamento diminui a qualidade de vida das mulheres como: a renda familiar, saúde e educação, é sem conta que sem acesso a água elas em sua grande maioria são as que vão buscar esse recurso,enfatizando juntamente com os estudos de gênero e as desigualdade que ocorrem de forma assimétrica. SILVA,2019 nos traz a concordância quando diz que a falta de acesso adequado à água e esgotamento sanitário implica em consequências não só na saúde das mulheres e meninas, como também tem reflexos nas questões econômicas e sociais. A pesquisa sobre gênero e água se dar pelo fato de vermos que as mulheres ainda são as responsáveis por esse bem dentro de Casa, e que a falta de saneamento prejudica toda uma jornada dessas mulheres, que hoje metade delas são chefes de familias.Ao escolher fazer a pesquisa com as mulheres do bairro jardim Santana se justifica por vê que existe um grande número de pessoas que se encontram em busca de água potável no ponto de distribuição que acontecer a anos dentro do bairro, e que sua maioria são mulheres. A Partir disso veio a pergunta: Como as mulheres do bairro Jardim Santana são impactadas pela falta do saneamento básico?. Assim se deu a pesquisa com o objetivo geral que foi evidenciar as experiências e os desafios que elas sofrem com a falta de água dentro de suas residências e a precariedade do saneamento básico.Com os objetivos específicos que são. I - Analisar como é feita a coleta de água, armazenamento e a distribuição desse recurso. II- Identificação dos principais problemas de saneamento básico na comunidade. Para fazer essa análise dos desafios enfrentados por elas dentro do bairro, foi utilizado nessa pesquisa o método fenomenológico, pois assim foi possível descreve a realidade e experiências dessas mulheres. A pesquisa com riqueza de detalhes para retratar não só suas experiências e desafios, mas sabe suas histórias e realidade dentro e fora das residências, foi possível através de entrevista individual com essas mulheres, que com o encontro se abriram de forma única para mostrar todas as partes de seus cotidianos e nunca esquecendo de suas essências durantes esses anos como moradoras e como cidadãs levantamento de cada detalhe foi possível pelo fato de fazer o acompanhamento delas pelo bairro observando de forma holística cada resultado de falas e atividades. METODOLOGIA Através da busca por resposta este estudo foi embasado no método fenomenológico, que para RELPH(1979) a fenomenologia tem a ver com os princípios, com as origens do significado e da experiência. Assim sendo, realizando uma pesquisa direta entre as pessoas e o espaço vivido, permitindo uma compreensão sobre estes relatos vividos no espaço e tempo fazendo uma descrição clara da experiência e de como ela é realmente para cada indivíduo. Para o estudo mais detalhado utilizei a metodologia qualitativa buscando interpretar esses processos com as mulheres de uma forma mais contextualizada. Onde de acordo com PESSOA;CRUSOÉ(2022) A abordagem qualitativa apresenta aspectos subjetivos do comportamento e dos fenômenos sociais que proporcionam conhecimentos da realidade. Assim, realizei uma exploração dentro do campo baseado na particularidade dessas mulheres e nas experiências de seu dia a dia. Diante disso com o uso da metodologia qualitativa que tem como modo de pesquisa seus instrumentos para validar o objetivo pesquisando que Segundo Hartmut Günther (2006) a pesquisa qualitativa considera cada problema objeto de uma pesquisa específica para a qual são necessários instrumentos e procedimentos específicos. Por esses instrumentos de pesquisa busquei a concordância de Patton,2002 diz que a entrevista em profundidade e a observação participante, são fundamentais para a compreensão das experiências, significados e valores das pessoas envolvidas na pesquisa. Através dos instrumentos de pesquisa Entrevista, observação participante e pesquisa bibliográfica foi possível buscar as melhores perguntas para elaboração dessa pesquisa, para que não se limitasse somente em respostas diretas, mas que elas pudessem compartilhar outras experiências relacionadas à temática. Ao início da atividade de campo se fez necessário uma elaboração de perguntas simples para a compreensão das pesquisadas. Ao encontro face a face com as mulheres foi feito de primeiro contato com elas uma apresentação sobre a temática trabalhada, na sequência foi informadas à elas sobre como seria a entrevista e sua finalidade. A entrevista se deu de forma individual com essas mulheres no ano de 2023. As respostas foram registradas por escrito. Essas perguntas foram estruturadas para todas, as entrevistas duraram de 1 hora à 1 hora 30,onde elas iam me mostrando seus problemas gerais, insatisfação e locais de onde vinha a água de onde utilizavam, algumas abriram as portas de casa para mostrarem seus lares e a forma como levavam seus cotidiano. Saia de casa às 15hrs00 e finalizando às 18hrs30,obtendo 2 entrevistadas no dia. A entrevista me possibilitou registrar momentos e ouvir relatos que até então não são parados para ter uma compreensão, as perguntas realizadas tiveram seus objetivos mais claros, e com cuidado ao interpretar cada palavra e olhar de confiança que eram observados, tendo assim uma troca entre a pesquisadora e as entrevistadas. Ao usar a técnica da observação participante foi possível ter contato com o dia a dia dessas moradoras, sendo esse fundamental para o conhecimento do seu cotidiano e de como elas fazem para ter água, e os cuidados com o saneamento. A pesquisa bibliográfica e documental foi a que permitiu ter uma base de conhecimento científico é das categorias geográficas evidenciadas aqui. Onde as informações pesquisadas foram feitas de livros,artigos,dissertações,teses e documentários. Local da Pesquisa foi realizada no bairro Jardim Santana é um dos 105 bairros que ficam em Porto Velho no estado de Rondônia. Localizado na zona leste de Porto Velho, o Jardim Santana teve sua ocupação no início da década de 1990,sendo doado ao município de Porto Velho em agosto de 2009,pela União Federal, através do ministério do desenvolvimento agrário(MDA). Seu nome foi dado em homenagem ao prefeito Jerônimo Santana. O bairro Jardim Santana possui hoje uma quantidade de 91 ruas, Segundo a SEMPOG tem aproximadamente 2.173 lotes. Bairro está interligado com os bairros,socialista,Mariana e Esperança. A realização do campo se deu início em novembro de 2022,onde fui nos dias 20 e 21 andando pelo o bairro e observando o saneamento básico, e os pontos de coleta de água, onde foi possível fotografar o local ainda no período chuvoso. Entretanto passei o resto dos últimos meses convidado mulheres e fortalecendo meu laço com elas para uma futura entrevista, porém vale destacar aqui uma mentora no bairro chamada Rosycleia (moradora) que me apresentou mulheres que confiaram nessa pesquisa. Em abril de 2023 fiz a coleta de dados com essas mulheres entre os dias 11/04 à 19/04, algumas só responderam não me autorizaram as fotografias, outras já compartilharam tudo que o campo precisava, foram entrevistadas 23 mulheres com idades diferentes uma das outras. Durante esses dias indo de encontro com elas, chegava a casa delas às 15hrs00 é finalizava as 18hrs30, dentro das perguntas elaboradas que foram no total 11,entre suas respostas iam sendo levantadas outras perguntas que fazia elas contaram suas histórias, desde de quando iniciaram a morada no bairro e de como elas se mantiveram até hoje. Enquanto fui no ponto de coleta fiz o acompanhamento delas na busca por água, então outras buscavam com vizinhos, fui observando os poços e ruas de cada entrevistada, sendo possível acompanhar ali a rotina de todo os anos de dificuldades. A realização de campo foi muito agradável, podendo ouvir e observar coisas que passam a olho nu, todo o campo se deu de forma individual cultivando sintonia com a pesquisa e com as mulheres. RESULTADOS E DISCUSSÃO A falta de água dentro das residências ainda é uma realidade para as mulheres do bairro, são elas que em sua grande maioria que vão em busca da água e que fazem as atividades de casa. Pontes,2013 afirma que são elas as responsáveis pelas tarefas domésticas e por garantirem a água do dia a dia. Diante das falas foi possível observar a angústia por ter que ir coleta água para beber, sentindo-se abandonadas nesse eixo tão importante para elas, como moradoras antigas do bairro elas vêm lutando para um bem estar melhor a cada dia. Dentro do bairro tem um ponto de distribuição de água. É nesse ponto que se concentra quase todo o bairro para buscar água, tendo também em algumas ruas vizinhos que colocam torneiras para fora para que os outros moradores possam consumir, esses poços artesianos que alguns moradores possuem é o que faz algumas mulheres diminuírem seu tempo para coleta de água potável. Esse ponto de coleta fica localizado bem no centro do bairro, atrás da E.E.E.F.M Ulisses Guimarães, na Rua Turmalina 10015, onde as torneiras ficam anexas ao muro da escola estadual. A escola já contribui com o bairro segundo moradores a mais de 23 anos, sendo esse o local que moradores do bairro socialista também vão em busca de água, porém aos finais de semanas que por falta de vigilante acabam ficando sem água nas torneiras da escola. As entrevistadas disseram que vão mais de 2 vezes por dia no ponto que ceder água, e que leva mais de 30 minutos para pegá-la, isso quando não tem gente no local. Durante o campo foi observado que todas as entrevistadas possuíam poços simples ou rasos, que é de onde vem a água que elas possuíam para a utilização de afazeres domésticos como: limpa casa, lava louça, roupa e toma banho e cozinha. Ao que relatado pelas moradoras o uso do poço é complicado, pois tem vezes que a água vem com mau cheiro ou com sujeiras, com isso elas passam a ir mais vezes ao dia na corrida pela água para atender todas as necessidades. Fernandes e kuniyoshi,p.261,2020 ressalta que são elas que têm o conhecimento sobre a localização da água, qualidade e os melhores métodos de armazenagem. Como também foi visto que em todas as residências ou no ponto de coleta, elas utilizavam galões ou garrafas pets para armazenamento. Perante os relatos elas nos disseram que a situação para a compra de água mineral é rara, isso só quando entra um aumento na renda que acaba levando elas a outras alternativas, Uma das moradoras relata que utiliza o filtro para purificar á água que vem do poço. O saneamento básico precário ainda é realidade dentro do bairro jardim Santana, como já visto na literatura são as mulheres as mais atingidas pela falta desse recurso. Dentro do campo foi observado essa falta de infraestrutura já começando pelas ruas e pela falta de água. Nas ruas vemos bueiros transportando e dificultando os moradores a andarem pelas ruas, ficando expostos a doenças. A falta de infraestrutura acaba deixando consequências nessas mulheres, pois quando são afetadas ou algum membro da família a ausência no trabalho e nos estudos recai sobre elas. O bairro ainda tem carência nas áreas de saneamento que vem atingido essas moradoras e deixando elas em desigualdade perante a sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento desse estudo se deu a partir do objetivo principal que era evidencia os impactos sofrido pelas mulheres do bairro Jardim Santana na falta de água e saneamento básico, durante a pesquisa foi possível obter histórias de suas vidas em relação a água e saneamento do bairro, sendo evidente suas dificuldades para coleta de água e garantir uma qualidade de vida de direito conquistada para todos. Foi nítido vermos sua relação direta com a água e de como são as principais responsáveis por esse bem tão essencial, onde a falta de saneamento prejudica elas em outros a fazerem de suas vidas, se tornando cultural essas relações onde a desigualdade é evidente para ela. Dessa forma o impacto pela falta de saneamento para essas mulheres é a percepção crucial para mudanças em suas vidas, mas buscando a cada dia uma melhora para suas gerações futuras. Sendo assim, sugere-se estudo futuros nessa abordagem, onde essa relação direta do gênero com as águas e com o meio ambiente,venha se tornar igualitário, evidenciando impactos e desigualdades para elas. Sendo necessário estudos que ocorram também nas zonas rurais ou Terras Indígenas, se aprofundando nas conexões da água para garantia das gerações futuras. A compreensão das vivências dessas mulheres é perceptível para que haja uma melhoria em relação às políticas públicas, fazendo com que essas mulheres obtenham de seus direitos, que comecem iniciativas para que assuntos como esse sejam pautados dentro das escolas e das comunidades, criando grupos que façam a diferença nos seus meios de conveniências. Que mulheres sejam transformadas e transformadoras de conceitos que as envolve desde desde a mais pequena até as mais inovadoras construções sociais. Reduzindo assim os impactos que as impedem de uma melhor qualidade de vida, tendo inclusão e empoderamento das mesmas para um equilíbrio não só ambiental mas social.

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