Artigo Anais do 22º Encontro Nacional de Estudantes do Campo de Públicas

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-073-8

DEMOCRACIA DIGITAL E MONITORAMENTO INDEPENDENTE: CAPACITAÇÃO PARA AUTONOMIA DAS COMUNIDADES NOS PROCESSOS DE DEFESA DE SEUS TERRITÓRIOS.

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Publicado em 12 de dezembro de 2025

Resumo

O presente trabalho analisa os desdobramentos políticos e sociais da capacitação em Monitoramento Territorial Independente (MTI) e democracia digital, realizada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) com apoio do projeto de extensão da Ufopa “Tecendo Saberes para fortalecer o Bem Viver”, voltado à formação dos Jovens Guardiões do Bem Viver (JGBV) no PAE Lago Grande. A atividade ocorreu entre os dias 5 e 7 de novembro de 2025, na fazenda experimental da Ufopa, e visou potencializar a autonomia das comunidades tradicionais frente aos desafios históricos de defesa de seus territórios. Em um contexto de desigualdades estruturais e omissão estatal na proteção ambiental e territorial, a democratização do acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) representa não apenas uma inovação técnica, mas sobretudo uma ação política estratégica. A oficina utilizou metodologias participativas para apresentar o conceito de democracia digital, compreendido como um campo de disputa onde o uso das tecnologias pode tanto ampliar quanto restringir os direitos de grupos socialmente marginalizados e instrumentalizou os participantes com ferramentas como o aplicativo ACI (Alerta Clima Indígena), que permite o monitoramento de incêndios, desmatamento e alterações climáticas em regiões amazônicas. A apropriação crítica dessas tecnologias permitiu uma reflexão coletiva sobre o papel da informação como instrumento de resistência, fiscalização e denúncia, ampliando o repertório político das lideranças comunitárias. Ao tratar o MTI como prática de e-democracia e e-ativismo, a capacitação reforçou que o controle social sobre os territórios não se limita a ações governamentais, mas passa a ser exercido também por cidadãos organizados e conscientes de seus direitos e relativa autonomia para defesa do território. A oficina revelou ainda que, apesar dos avanços tecnológicos, persistem entraves estruturais como o acesso limitado à internet, a vulnerabilidade das lideranças diante de represálias e a insuficiência de políticas públicas efetivas voltadas à proteção dos povos tradicionais. Por isso, a luta pelo território continua sendo um ato político de resistência, e a tecnologia, uma aliada que fortalece a autodeterminação dos povos frente à lógica exploratória de grandes projetos econômicos e à negligência estatal. As discussões evidenciaram que a capacitação não é um fim em si, mas um meio de fortalecer a soberania informacional das comunidades e sua capacidade de dialogar com o Estado e a sociedade civil de forma mais equitativa. Em suma, a articulação entre extensão universitária, democracia digital e monitoramento independente configura-se como uma ação política concreta e necessária para garantir o bem viver, a preservação dos territórios e a continuidade dos saberes ancestrais em um cenário de crescentes ameaças e disputas sobre os bens comuns. Como resultados, tivemos a plenária final e o comprometimento das lideranças em replicar os conhecimentos adquiridos no uso dos sistemas e aplicativos. A partir dessa oficina, as lideranças dos movimentos de resistência passaram a incorporar o monitoramento territorial como prática cotidiana de defesa e gestão dos bens comuns, fortalecendo redes de solidariedade e ampliando o protagonismo comunitário. Nesse contexto, a democracia se revela não apenas como um regime político, mas como uma prática cotidiana de participação ativa, construção coletiva de saberes e exercício de direitos. Assim, a articulação entre tecnologia, território e extensão universitária reafirma a centralidade da democracia na luta pelo Bem Viver, promovendo justiça socioambiental e o reconhecimento dos povos tradicionais como sujeitos políticos na defesa de seus modos de vida.

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