Resumo: Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) trata-se de uma condição caracterizada pelo bloqueio súbito do fluxo sanguíneo para o tecido cerebral, resultando no desenvolvimento de distúrbios clínicos focais da atividade cerebral. Dos pacientes com AVC, 37% apresentam alterações em níveis discretos, 16% incapacidades moderadas das funções e 32% alterações intensas e graves, promovendo impactos diretos nos fatores econômicos, sociais e familiares, sendo necessário um processo de reabilitação educativo, dinâmico, contínuo e progressivo. Objetivo: Elaborar um programa de tratamento fisioterapêutico para uma paciente com sequelas de um AVC, através de recursos da cinesioterapia e terapia manual. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, realizado por alunos do curso de Fisioterapia da Faculdade Santa Maria, pela disciplina Estágio I – Comunitário, entre os meses de Setembro à Dezembro de 2015, com a paciente R.P.S., do sexo feminino, 81 anos de idade, aposentada, com diagnóstico clínico de AVE, com hemiplegia direita associada à paresia de Membro Superior Direito (MSD) e Membro Inferior Direito (MID) e déficit de mobilidade. O tratamento proposto foi composto por alongamentos e mobilizações passivas, Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), através de padrões primitivos e funcionais, Estímulos Táteis e Conceito Bobath. Resultados e Discussão: Em decorrência de um novo episódio de AVC associado a Choque Cardiogênico, foi possível verificar a permanência dos déficits funcionais e na Dependência Funcional de acordo com o Índice de Katz, porém com melhora discreta na capacidade cognitiva. Conclusão: Técnicas fisioterápicas aplicadas adequadamente são essenciais para a minimização das sequelas neurológicas secundárias a episódios de AVC, porém fatores intrínsecos e/ou extrínsecos podem vir a intervir negativamente nesse processo de reabilitação, onde em relação a paciente em estudo apresentou melhoras apenas na capacidade cognitiva, permanecendo com dependência funcional importante.