Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

ENTRE CLIMA E DESASTRE: VULNERABILIDADE DA BIODIVERSIDADE VEGETAL DA BACIA DO RIO DOCE SOB CENÁRIOS FUTUROS E IMPACTOS MINERÁRIOS

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

A intensificação das mudanças climáticas, associada a distúrbios antrópicos de larga escala, representa um dos principais fatores de reorganização ecológica e perda de biodiversidade nos ambientes tropicais. Neste estudo, investigamos de forma integrada os efeitos potenciais das mudanças climáticas e do rompimento da Barragem de Fundão (Mariana), em 2015, sobre a distribuição de espécies vegetais nativas na bacia do Rio Doce, sudeste do Brasil, inserida no hotspot de biodiversidade da Mata Atlântica. Foram utilizados registros de ocorrência das espécies e variáveis bioclimáticas para modelar o nicho ecológico de 330 plantas nativas, projetando variações de riqueza florística, composição comunitária e extensão de áreas climaticamente adequadas sob cenários otimista e pessimista para 2050. O impacto do rompimento da barragem foi quantificado comparando a cobertura florestal antes e após o evento, utilizando o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN) como indicador de integridade vegetal. As projeções indicam retração substancial da diversidade local, com potencial perda de até 95 espécies no cenário pessimista, principalmente nas regiões norte e central da bacia, promovendo maior diferenciação na composição das comunidades vegetais. Essa diferenciação é impulsionada principalmente pela perda de espécies e não pela substituição, indicando um futuro empobrecimento florístico. Além disso, espera-se uma redução média superior a 15.000 km² nas áreas climaticamente adequadas entre o cenário de referência e os cenários futuros. Em áreas diretamente atingidas pelos rejeitos da mineração, a perda de área climaticamente adequada dentro dos remanescentes florestais pode chegar a 47%, evidenciando o potencial efeito sinérgico entre pressões antrópicas e mudanças climáticas. Espécies endêmicas ou com áreas restritas apresentaram reduções ainda mais pronunciadas, enfatizando maior risco de extinção local. Esses resultados representam a primeira avaliação integrada, em escala de bacia, dos efeitos combinados desses estressores sobre a flora nativa, evidenciando a vulnerabilidade das espécies diante de múltiplos distúrbios ambientais. Destacamos a necessidade de considerar diversas estratégias, como o uso de abordagens adaptativas, restauração orientada pelo clima e proteção de áreas prioritárias, para fortalecer a resiliência ecológica e conservar a diversidade biológica e funcional em paisagens degradadas.

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