Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

COMUNIDADES DE ABELHAS NAS FLORESTAS RIPÁRIAS DO RIO DOCE: PADRÕES DE RIQUEZA E FATORES DE ESTRUTURAÇÃO

Palavra-chaves: , , , , Pôster ST 08 - Conservação, Restauração e Políticas públicas
"2025-11-17" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 123895
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 49
    "inscrito_id" => 67
    "titulo" => "COMUNIDADES DE ABELHAS NAS FLORESTAS RIPÁRIAS DO RIO DOCE: PADRÕES DE RIQUEZA E FATORES DE ESTRUTURAÇÃO"
    "resumo" => "O declínio global dos polinizadores ameaça a manutenção de funções ecossistêmicas e a segurança alimentar, sendo particularmente crítico na Mata Atlântica, onde a fragmentação compromete processos de polinização necessários à regeneração florestal. O objetivo deste estudo foi avaliar a riqueza e a composição das comunidades de abelhas em florestas ripárias a do rio Doce e verificar como essas comunidades respondem à cobertura florestal, diversidade e identidade da vegetação e composição física do solo. Entre 2022 e 2024, amostramos cinco regiões (Mariana, Rio Casca, Ipatinga, Conselheiro Pena e Aimorés), totalizando 15 áreas de floresta ripária com pan traps e armadilhas aromáticas. A riqueza foi analisada em função do espaço e da sazonalidade (GLM) e testada em relação à cobertura de floresta nativa, diversidade de árvores e regenerantes e textura do solo (GLMMs). A composição foi avaliada com PERMANOVA, complementada por índices de diversidade beta para identificar os mecanismos de mudança, análise de espécies indicadoras (ISA) e co-inércia (COIA) para relacionar identidade florística e abelhas. Foram coletados 4.802 indivíduos pertencentes a 70 espécies, 30 gêneros e 13 tribos, com forte predominância das tribos Euglossini, Meliponini e Augochlorini, que representaram cerca de 98% dos registros. A riqueza não diferiu entre regiões e nem entre estações (p > 0,05) e não foi explicada por cobertura florestal, diversidade vegetal ou composição física do solo (p > 0,05). Em contraste, a composição variou entre regiões (R² = 0,81; p < 0,001), com elevada diversidade beta (?SOR = 0,819) dominada por turnover (95,9%). Espécies exclusivas corresponderam a 41,4% da riqueza total e 12 espécies foram identificadas como indicadoras de regiões específicas, reforçando a forte diferenciação espacial. A COIA mostrou forte associação entre a composição das abelhas e a identidade florística, tanto no estrato arbóreo (RV = 0,694; p < 0,001) quanto no regenerante (RV = 0,737; p < 0,001), evidenciando o papel modulador da vegetação na estruturação das comunidades de abelhas. Esses resultados revelam que, embora todas as áreas estudadas sejam florestas ripárias, cada região abriga comunidades de abelhas distintas. Assim, a diversidade local de insetos, essencial para a polinização de numerosas espécies vegetais, deve ser explicitamente considerada no planejamento de conservação e restauração. Para orientar ações na bacia do rio Doce, são necessárias listas regionais de referência que integrem plantas e polinizadores locais, evitando a homogeneização funcional e assegurando a manutenção dos serviços ecológicos prestados pelas abelhas."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 08 - Conservação, Restauração e Políticas públicas"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID67_TB49_06102025172828.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "BRUCE DICKINSON DOS SANTOS JÚNIOR"
    "autor_nome_curto" => "BRUCE"
    "autor_email" => "brucedickinson.bio@gmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 123895
    "edicao_id" => 434
    "trabalho_id" => 49
    "inscrito_id" => 67
    "titulo" => "COMUNIDADES DE ABELHAS NAS FLORESTAS RIPÁRIAS DO RIO DOCE: PADRÕES DE RIQUEZA E FATORES DE ESTRUTURAÇÃO"
    "resumo" => "O declínio global dos polinizadores ameaça a manutenção de funções ecossistêmicas e a segurança alimentar, sendo particularmente crítico na Mata Atlântica, onde a fragmentação compromete processos de polinização necessários à regeneração florestal. O objetivo deste estudo foi avaliar a riqueza e a composição das comunidades de abelhas em florestas ripárias a do rio Doce e verificar como essas comunidades respondem à cobertura florestal, diversidade e identidade da vegetação e composição física do solo. Entre 2022 e 2024, amostramos cinco regiões (Mariana, Rio Casca, Ipatinga, Conselheiro Pena e Aimorés), totalizando 15 áreas de floresta ripária com pan traps e armadilhas aromáticas. A riqueza foi analisada em função do espaço e da sazonalidade (GLM) e testada em relação à cobertura de floresta nativa, diversidade de árvores e regenerantes e textura do solo (GLMMs). A composição foi avaliada com PERMANOVA, complementada por índices de diversidade beta para identificar os mecanismos de mudança, análise de espécies indicadoras (ISA) e co-inércia (COIA) para relacionar identidade florística e abelhas. Foram coletados 4.802 indivíduos pertencentes a 70 espécies, 30 gêneros e 13 tribos, com forte predominância das tribos Euglossini, Meliponini e Augochlorini, que representaram cerca de 98% dos registros. A riqueza não diferiu entre regiões e nem entre estações (p > 0,05) e não foi explicada por cobertura florestal, diversidade vegetal ou composição física do solo (p > 0,05). Em contraste, a composição variou entre regiões (R² = 0,81; p < 0,001), com elevada diversidade beta (?SOR = 0,819) dominada por turnover (95,9%). Espécies exclusivas corresponderam a 41,4% da riqueza total e 12 espécies foram identificadas como indicadoras de regiões específicas, reforçando a forte diferenciação espacial. A COIA mostrou forte associação entre a composição das abelhas e a identidade florística, tanto no estrato arbóreo (RV = 0,694; p < 0,001) quanto no regenerante (RV = 0,737; p < 0,001), evidenciando o papel modulador da vegetação na estruturação das comunidades de abelhas. Esses resultados revelam que, embora todas as áreas estudadas sejam florestas ripárias, cada região abriga comunidades de abelhas distintas. Assim, a diversidade local de insetos, essencial para a polinização de numerosas espécies vegetais, deve ser explicitamente considerada no planejamento de conservação e restauração. Para orientar ações na bacia do rio Doce, são necessárias listas regionais de referência que integrem plantas e polinizadores locais, evitando a homogeneização funcional e assegurando a manutenção dos serviços ecológicos prestados pelas abelhas."
    "modalidade" => "Pôster"
    "area_tematica" => "ST 08 - Conservação, Restauração e Políticas públicas"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO__EV207_ID67_TB49_06102025172828.pdf"
    "created_at" => "2025-11-17 09:57:54"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "BRUCE DICKINSON DOS SANTOS JÚNIOR"
    "autor_nome_curto" => "BRUCE"
    "autor_email" => "brucedickinson.bio@gmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-congresso-sobre-restauracao-ambiental-em-areas-degradadas-por-desastres-antropicos"
    "edicao_nome" => "Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_evento" => "Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/restaura/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "691b0aa328684_17112025084435.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-17"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-14 08:32:49"
    "publicacao_id" => 131
    "publicacao_nome" => "Revista Restaura +"
    "publicacao_codigo" => "978-65-5222-060-8"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

O declínio global dos polinizadores ameaça a manutenção de funções ecossistêmicas e a segurança alimentar, sendo particularmente crítico na Mata Atlântica, onde a fragmentação compromete processos de polinização necessários à regeneração florestal. O objetivo deste estudo foi avaliar a riqueza e a composição das comunidades de abelhas em florestas ripárias a do rio Doce e verificar como essas comunidades respondem à cobertura florestal, diversidade e identidade da vegetação e composição física do solo. Entre 2022 e 2024, amostramos cinco regiões (Mariana, Rio Casca, Ipatinga, Conselheiro Pena e Aimorés), totalizando 15 áreas de floresta ripária com pan traps e armadilhas aromáticas. A riqueza foi analisada em função do espaço e da sazonalidade (GLM) e testada em relação à cobertura de floresta nativa, diversidade de árvores e regenerantes e textura do solo (GLMMs). A composição foi avaliada com PERMANOVA, complementada por índices de diversidade beta para identificar os mecanismos de mudança, análise de espécies indicadoras (ISA) e co-inércia (COIA) para relacionar identidade florística e abelhas. Foram coletados 4.802 indivíduos pertencentes a 70 espécies, 30 gêneros e 13 tribos, com forte predominância das tribos Euglossini, Meliponini e Augochlorini, que representaram cerca de 98% dos registros. A riqueza não diferiu entre regiões e nem entre estações (p > 0,05) e não foi explicada por cobertura florestal, diversidade vegetal ou composição física do solo (p > 0,05). Em contraste, a composição variou entre regiões (R² = 0,81; p < 0,001), com elevada diversidade beta (?SOR = 0,819) dominada por turnover (95,9%). Espécies exclusivas corresponderam a 41,4% da riqueza total e 12 espécies foram identificadas como indicadoras de regiões específicas, reforçando a forte diferenciação espacial. A COIA mostrou forte associação entre a composição das abelhas e a identidade florística, tanto no estrato arbóreo (RV = 0,694; p < 0,001) quanto no regenerante (RV = 0,737; p < 0,001), evidenciando o papel modulador da vegetação na estruturação das comunidades de abelhas. Esses resultados revelam que, embora todas as áreas estudadas sejam florestas ripárias, cada região abriga comunidades de abelhas distintas. Assim, a diversidade local de insetos, essencial para a polinização de numerosas espécies vegetais, deve ser explicitamente considerada no planejamento de conservação e restauração. Para orientar ações na bacia do rio Doce, são necessárias listas regionais de referência que integrem plantas e polinizadores locais, evitando a homogeneização funcional e assegurando a manutenção dos serviços ecológicos prestados pelas abelhas.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.