Artigo Anais do IX Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-66-5

REVERBERAÇÕES SONORO-EDUCATIVAS NA TRAJETÓRIA DE UMA PIANISTA-RITMISTA: MULHERES NA MÚSICA

Palavra-chaves: , , , , Comunicação Oral (CO) EIXO 02 - A TEMÁTICA DE GÊNERO E SEXUALIDADES NO COTIDIANO DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO: INTERVENÇÕES E DESLOCAMENTOS / AXIS 02 - GENDER AND SEXUALITY THEMES IN THE DAILY LIFE OF FEDERAL INSTITUTES OF EDUCATION: INTERVENTIONS AND SHIFTS (ONLINE)
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Publicado em 05 de junho de 2025

Resumo

O trabalho tem por fulcro discutir questões que se referem às mulheres na ciência, notadamente no campo da música, tendo por base algumas das discussões apresentadas durante o Fórum Permanente do Programa de Pós-Graduação em Música (2024.2), na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, para o qual foram convidadas doutoras dos principais programas de pós-graduação em música do país. O título remete à participação da autora que optou por discorrer sobre parte de sua trajetória acadêmica, como um dos exemplos de formação institucional na referida área. Concomitantemente, mencionar as temáticas predominantes no grupo de pesquisa que lidera – MUCGES –, pensado para promover reflexões e estudos sobre as interseccionalidades ligadas às categorias analíticas música, corpo, gênero, educação e saúde. O grupo compõe ao lado de outros, um dos poucos da área, que discutem as questões de gênero, corpo, sexualidade, todavia dando ênfase na questão da educação/ educação musical, e, recentemente, enfatizando estudos sobre a promoção da saúde mental na música. Sinteticamente, podemos destacar que a situação das mulheres na música, em nível de pós-graduação, se inicia na graduação em que se apresentam dificuldades em progredir na carreira, os estereótipos sociais sobre o papel da mulher, casos geradores de preconceito, os diversos tipos de assédio e as dificuldades em conciliar as responsabilidades domésticas e acadêmico-profissionais. Salienta-se que tais situações se configuram na formação anterior à própria graduação – nos cursos extensionistas universitários – demonstrando que, semestralmente, há uma evasão de pelo menos 1/3 das participantes, principalmente, quando os problemas atingem sua saúde e/ou a dos pais e filhos(as). Mulheres que só detectaram transtornos mentais na fase adulta ou que continuam sem diagnóstico são as mais atingidas na aprendizagem musical, pois enfatiza a baixa crença de autoeficácia, bem como explicitam situações de autossabotagem.

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