Artigo Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia

ANAIS de Evento

ISSN: 2175-8875

ENTRE A SALA DE AULA E O TERREIRO: POR UMA GEOGRAFIA DECOLONIAL E AFRO-REFERENCIADA

Palavra-chaves: , , , , Relato de Experiência GT 01: GEOGRAFIA E DIVERSIDADE: GÊNEROS, SEXUALIDADES, ETNICIDADES E RACIALIDADES
"2025-11-28" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1845 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 124254
    "edicao_id" => 436
    "trabalho_id" => 439
    "inscrito_id" => 2055
    "titulo" => "ENTRE A SALA DE AULA E O TERREIRO: POR UMA GEOGRAFIA DECOLONIAL E AFRO-REFERENCIADA"
    "resumo" => "A presente proposta de comunicação busca problematizar as ausências e silenciamentos da cultura afro-brasileira no ensino de Geografia no nível médio, com ênfase na potência da literatura de autoria negra como instrumento formativo e geograficamente significativo. Ao articular a sala de aula — espaço normativo e institucionalizado — com o terreiro — espaço ancestral, pedagógico e de resistência — propõe-se a construção de uma geografia comprometida com perspectivas decoloniais e epistemologias afro-referenciadas. Dialogando com Sueli Carneiro (2023), parte-se do entendimento de que o currículo escolar, ao negligenciar a história e as expressões culturais negras, reproduz lógicas de exclusão e violência simbólica. Assim, o trabalho inscreve-se no esforço teórico-político por uma educação antirracista, conforme defendem Nilma Lino Gomes (2017) e Lélia Gonzalez (2020), cujas contribuições são centrais para a compreensão da racialização dos espaços e das práticas escolares. A análise ancora-se também nos pressupostos da geografia cultural e fenomenológica, a partir de Paul Claval (2001) e Eric Dardel (2011), entendendo o espaço como construção simbólica e afetiva, o que permite reconhecer a literatura afro-brasileira como forma legítima de apropriação territorial e produção de saberes. A presença da Lei 10.639/03, embora normativa, ainda encontra entraves à sua efetivação, exigindo práticas docentes comprometidas com o enfrentamento das epistemologias hegemónicas. Em síntese, trata-se de pensar a educação geográfica como campo de disputa, em que a valorização das narrativas negras se apresenta como eixo fundamental para a construção de uma escola efetivamente plural, crítica e situada na complexidade da diversidade brasileira."
    "modalidade" => "Relato de Experiência"
    "area_tematica" => "GT 01: GEOGRAFIA E DIVERSIDADE: GÊNEROS, SEXUALIDADES, ETNICIDADES E RACIALIDADES"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_COMPLETO_EV223_ID2055_TB439_20102025115453.pdf"
    "created_at" => "2025-11-28 14:08:46"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MARCELO BARROS PEREIRA"
    "autor_nome_curto" => "MARCELO BARROS"
    "autor_email" => "marcelo.barroz98@gmail.com"
    "autor_ies" => "FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-xvi-encontro-nacional-de-pos-graduacao-e-pesquisa-em-geografia"
    "edicao_nome" => "Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia"
    "edicao_evento" => "XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/enanpege/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "692988483d31e_28112025083224.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-28"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-27 15:13:16"
    "publicacao_id" => 79
    "publicacao_nome" => "Revista ENANPEGE"
    "publicacao_codigo" => "2175-8875"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 124254
    "edicao_id" => 436
    "trabalho_id" => 439
    "inscrito_id" => 2055
    "titulo" => "ENTRE A SALA DE AULA E O TERREIRO: POR UMA GEOGRAFIA DECOLONIAL E AFRO-REFERENCIADA"
    "resumo" => "A presente proposta de comunicação busca problematizar as ausências e silenciamentos da cultura afro-brasileira no ensino de Geografia no nível médio, com ênfase na potência da literatura de autoria negra como instrumento formativo e geograficamente significativo. Ao articular a sala de aula — espaço normativo e institucionalizado — com o terreiro — espaço ancestral, pedagógico e de resistência — propõe-se a construção de uma geografia comprometida com perspectivas decoloniais e epistemologias afro-referenciadas. Dialogando com Sueli Carneiro (2023), parte-se do entendimento de que o currículo escolar, ao negligenciar a história e as expressões culturais negras, reproduz lógicas de exclusão e violência simbólica. Assim, o trabalho inscreve-se no esforço teórico-político por uma educação antirracista, conforme defendem Nilma Lino Gomes (2017) e Lélia Gonzalez (2020), cujas contribuições são centrais para a compreensão da racialização dos espaços e das práticas escolares. A análise ancora-se também nos pressupostos da geografia cultural e fenomenológica, a partir de Paul Claval (2001) e Eric Dardel (2011), entendendo o espaço como construção simbólica e afetiva, o que permite reconhecer a literatura afro-brasileira como forma legítima de apropriação territorial e produção de saberes. A presença da Lei 10.639/03, embora normativa, ainda encontra entraves à sua efetivação, exigindo práticas docentes comprometidas com o enfrentamento das epistemologias hegemónicas. Em síntese, trata-se de pensar a educação geográfica como campo de disputa, em que a valorização das narrativas negras se apresenta como eixo fundamental para a construção de uma escola efetivamente plural, crítica e situada na complexidade da diversidade brasileira."
    "modalidade" => "Relato de Experiência"
    "area_tematica" => "GT 01: GEOGRAFIA E DIVERSIDADE: GÊNEROS, SEXUALIDADES, ETNICIDADES E RACIALIDADES"
    "palavra_chave" => ", , , , "
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_COMPLETO_EV223_ID2055_TB439_20102025115453.pdf"
    "created_at" => "2025-11-28 14:08:46"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MARCELO BARROS PEREIRA"
    "autor_nome_curto" => "MARCELO BARROS"
    "autor_email" => "marcelo.barroz98@gmail.com"
    "autor_ies" => "FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA (UNIR)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-xvi-encontro-nacional-de-pos-graduacao-e-pesquisa-em-geografia"
    "edicao_nome" => "Anais do XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia"
    "edicao_evento" => "XVI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia"
    "edicao_ano" => 2025
    "edicao_pasta" => "anais/enanpege/2025"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "692988483d31e_28112025083224.png"
    "data_publicacao" => "2025-11-28"
    "edicao_publicada_em" => "2025-11-27 15:13:16"
    "publicacao_id" => 79
    "publicacao_nome" => "Revista ENANPEGE"
    "publicacao_codigo" => "2175-8875"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 28 de novembro de 2025

Resumo

A presente proposta de comunicação busca problematizar as ausências e silenciamentos da cultura afro-brasileira no ensino de Geografia no nível médio, com ênfase na potência da literatura de autoria negra como instrumento formativo e geograficamente significativo. Ao articular a sala de aula — espaço normativo e institucionalizado — com o terreiro — espaço ancestral, pedagógico e de resistência — propõe-se a construção de uma geografia comprometida com perspectivas decoloniais e epistemologias afro-referenciadas. Dialogando com Sueli Carneiro (2023), parte-se do entendimento de que o currículo escolar, ao negligenciar a história e as expressões culturais negras, reproduz lógicas de exclusão e violência simbólica. Assim, o trabalho inscreve-se no esforço teórico-político por uma educação antirracista, conforme defendem Nilma Lino Gomes (2017) e Lélia Gonzalez (2020), cujas contribuições são centrais para a compreensão da racialização dos espaços e das práticas escolares. A análise ancora-se também nos pressupostos da geografia cultural e fenomenológica, a partir de Paul Claval (2001) e Eric Dardel (2011), entendendo o espaço como construção simbólica e afetiva, o que permite reconhecer a literatura afro-brasileira como forma legítima de apropriação territorial e produção de saberes. A presença da Lei 10.639/03, embora normativa, ainda encontra entraves à sua efetivação, exigindo práticas docentes comprometidas com o enfrentamento das epistemologias hegemónicas. Em síntese, trata-se de pensar a educação geográfica como campo de disputa, em que a valorização das narrativas negras se apresenta como eixo fundamental para a construção de uma escola efetivamente plural, crítica e situada na complexidade da diversidade brasileira.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.