PESQUISAR E EXTENSIONAR: TRANSFORMAÇÕES TERRITORIAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA BAIXADA FLUMINENSE
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Quintas (2009, p. 62) ressalta que “(...) qualquer problema ambiental para ser entendido deve ser estudado como um produto da interpretação de fatores sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, históricos e biológicos. Por tudo isto, diz-se que a questão ambiental é complexa”. Gonçalves (2013, p. 18) nos leva a refletir sobre algumas questões de ordem ética, filosófica e política que incorporam essa temática: “Que destinos dar à natureza, à nossa própria natureza de seres humanos? Qual é o sentido da vida? 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Assim, diante do cenário atual, onde se observa fragilidades na relação sociedade-natureza, a criação de espaços legalmente protegidos funciona como “um instrumento político auxiliar nessa reaproximação entre grupamentos urbanos e os sistemas naturais, desde que conduzidas através de estratégias gerenciais e educativas apropriadas” (Vallejo, 2017, p. 31). Medeiros e Garay (2006, p. 160), debatendo sobre a conservação e uso da biodiversidade, afirmam que a criação de espaços protegidos “(...)pode ser considerada uma importante estratégia de controle do território que visa estabelecer limites e dinâmicas próprias de uso e ocupação.” E esse controle “(...)responde frequentemente à valorização dos recursos naturais existentes – não somente econômica, como também cultural, espiritual ou religiosa – e, também, à necessidade de resguardar biomas, ecossistemas e espécies raras ou ameaçadas de extinção.” Neste contexto, a Baixada Fluminense/RJ - região historicamente desqualificada nos discursos sociais, ambientais e, consequentemente, políticos. Comportamento que produz a falsa ideia de desvalor na população local –, tem aproximadamente 45% do seu território legalmente protegido por Unidades de Conservação (UC) das três esferas (federal, estadual e municipal), mas vem sofrendo perdas ambientais significativas em função da ação de vetores de degradação diversos. Entretanto, pode ser considerado um laboratório a céu aberto, tanto no tocante às questões ambientais quanto sociais, por isso é um espaço importante para o desenvolvimento de atividades educacionais, para formação de recursos humanos, geração de renda e para a ciência. Autores como Queiroz (2018), Quintanilha (2019) e Barros Junior (2024) têm se dedicado à pesquisas que se materializam em atividades extensionistas no Maciço Gericinó-Mendanha, especialmente, na vertente Baixada Fluminense, tendo em vista que a popularização científica com moradores do entorno das UC desse território, bem como visitantes, pode contribuir de maneira ímpar para o desenvolvimento socioambiental. Nesta direção, o objetivo deste trabalho é apresentar e refletir sobre a importância das atividades de pesquisa e de extensão para o desenvolvimento de territórios legalmente protegidos, especialmente os que estão localizados nas periferias, como por exemplo a Baixada Fluminense. METODOLOGIA A operacionalização da pesquisa, de cunho qualitativo, consiste na elaboração de várias metas que envolvem algumas etapas e ações. Até o presente momento algumas metas já foram alcançadas: 1) reuniões quinzenais para estudos das características geográficas do território; 2) trabalhos de campo mensais para observação in lócus; 3) diálogos com moradores do entorno das UC e visitantes acerca do conhecimento espacial; 4) oferta de curso de “Condutores Ambientais” para a população local, que além do conhecimento possibilita a geração de renda; 5) análise das diferentes potencialidades (paisagísticas, biológicas, geográficas, hídricas, científicas, ecoturísticas) dessas áreas protegidas para atividades de Educação Ambiental; 6) desenvolvimento de 03 pesquisas de Iniciação Científica e 01 Dissertação. Estão fase de desenvolvimento 03 Dissertações: uma envolvendo uma escola municipal para oferecer oficinas, para alunos da Educação da Básica de escolas localizadas nos entornos das UC; outra acerca da compreensão das Unidades de Conservação da Baixada Fluminense pela população visitante; e em fase inicial uma outra dissertação sobre a geodiversiade e a geoconservação no território do Maciço, além de 02 pesquisas de Iniciação Científica. Em fase de planejamento estão a oferta de curso para a população juvenil do entorno das UC (“Formação de Condutores Ambientais em Unidades de Conservação da Baixada Fluminense”), visando contribuir tanto para a geração de renda quanto para o incentivo ao ecoturismo e ao pertencimento com o lugar; oferta de curso de capacitação para funcionários e voluntários das UC; produção de vídeos educativos com as principais trilhas e atrativas turísticos das UC; produção e publicação de materiais didáticos, cartilhas e outras publicações, inclusive no formato digital, para divulgação de atividades de educação ambiental contemplando os recursos naturais e culturais da Baixada Fluminense. Na última etapa da pesquisa, realizaremos: 1) sistematização do projeto de livro, a partir da organização e análise do material reunido em todos os momentos da pesquisa, práticas escolares, cursos de formação, apoio aos agricultores familiares; 2) organização de evento para discutir e divulgar os resultados da pesquisa; 3) organização de oficinas com professores das redes cuja temática será os diferentes espaços formativos, onde buscaremos compreender a importância de atividades pedagógicas em diferentes espaços educadores bem como o estudo da realidade; 4) Realização de um evento no âmbito estadual com a apresentação das pesquisas, materiais e atividades desenvolvidas toda a pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ressalte-se a importância do envolvimento da instituição universitária no desenvolvimento de pesquisas e atividades extensionistas em parceria com a comunidade, considerando as demandas e necessidades locais, promovendo ambientes educativos de mobilização desses processos de intervenção sobre a realidade e seus problemas socioambientais, a fim de estimular uma postura emancipatória, transformadora e popular, capaz de contribuir para essa transformação radical da sociedade. Especialmente em regiões periféricas, onde muitas vezes há certo descaso do poder público. A presença da Universidade na Baixada Fluminense, através de projetos como este aqui apresentado, tem demonstrado para a população a potência da ciência em prol do desenvolvimento territorial e melhoria da qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das práticas extensionistas e da pesquisa voltada às questões ambientais na Baixada Fluminense, este trabalho demonstra significativa relevância científica ao fortalecer os pilares do ensino, da pesquisa e da extensão em um território historicamente fragmentado e estigmatizado. A abordagem ambiental, articulada às ações educacionais desenvolvidas na região, contribui não apenas para a valorização dos aspectos naturais locais, mas também para o reconhecimento de suas potencialidades sociais e ecológicas. As ações desenvolvidas com a participação da comunidade local têm fortalecido a percepção de pertencimento e promovido transformações sociais por meio do engajamento, tanto da comunidade acadêmica quanto dos moradores do entorno. Refletir sobre a temática ambiental em um território com rica biodiversidade e presença expressiva de Unidades de Conservação permite a construção de estratégias mais eficazes de preservação e uso sustentável, garantindo a continuidade de políticas públicas, práticas de educação ambiental e projetos sustentáveis na Baixada Fluminense, RJ. Até o momento, as iniciativas realizadas nos espaços legalmente protegidos da região resultaram na capacitação de equipes (como guarda-parques e gestores ambientais), na implementação de ações de reflorestamento, na aquisição de recursos para estruturação das UCs, no mapeamento detalhado dessas áreas, na produção de materiais científicos e em atividades formativas com a população do entorno. Essas ações têm fortalecido a preservação ambiental e promovido alternativas de geração de renda sustentável para as comunidades envolvidas, reafirmando o papel transformador da extensão universitária no território. Palavras-chave: Baixada Fluminense; Unidades de Conservação, Transformação territorial. REFERÊNCIAS BARROS JÚNIOR, O.C. Encaixando as Peças: caminhos para a gestão integrada das Unidades de Conservação no Maciço Gericinó-Mendanha (RJ). Dissertação. Mestrado em Geografia/UFRRJ, Seropédica, 2024. GONÇALVES, C.W.P. O desafio ambiental. 4ª edição. – Rio de Janeiro: Record, 2013. MEDEIROS, R.; GARAY, I. Singularidades do sistema de áreas protegidas para a conservação e uso da biodiversidade brasileira. In: GARAY, I. & BECKER, B. (Orgs.). As Dimensões Humanas da Biodiversidade: o desafio de novas relações sociedade- natureza no século XXI. Petrópolis: Editora Vozes, 2006. QUEIROZ, E.D. Uso Público no Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu-RJ: trilhando entre possibilidades e dificuldades. Tese. Doutorado em Geografia/UFF, Niterói, 2018. QUINTANILHA, L.S. O Uso Público em Unidades de Conservação: uma análise das influências do Uso na qualidade da água do Rio Dona Eugênia no Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu. Dissertação. Mestrado em Geografia/UFRRJ, Seropédica, 2019. QUINTAS, J.S.. Educação no processo de gestão ambiental pública: a construção do ato pedagógico. In: LOUREIRO, C.F.B.; LAYRARGUES, P.P.; CASTRO, R.S. (Orgs.) Repensar a educação ambiental: um olhar crítico. São Paulo: Cortez, 2009 VALLEJO, L.R. 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