Artigo Anais do 22º Encontro Nacional de Estudantes do Campo de Públicas

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-073-8

RACISMO DE ESTADO: PILAR DA FORMAÇÃO BRASILEIRA

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Publicado em 12 de dezembro de 2025

Resumo

O assassinato de Marcos de Souza, homem negro brasileiro, em frente à sua esposa branca portuguesa e sua filha, no Rio de Janeiro dos anos 1920, ilustra a violência racial estrutural que permeia a formação do Estado brasileiro. O crime, motivado pelo ódio ao casamento interracial, revela como o racismo opera não apenas como prática social, mas como política de Estado, sustentada por discursos eugênicos e projetos de branqueamento. A tragédia familiar desencadeou consequências econômicas e sociais duradouras: Maria, viúva, viu-se obrigada a ingressar no mercado de trabalho como costureira, enquanto sua filha mestiça, Avelina, enfrentou a marginalização racial e profissional, sendo relegada ao subalterno trabalho de lavadeira. Essa narrativa explicita a interseccionalidade entre raça, gênero e classe, demonstrando como o racismo de Estado — materializado em políticas públicas como a eugenia e o mito da democracia racial — perpetua hierarquias sociais. A análise crítica desmonta a falácia da miscigenação harmoniosa proposta por Gilberto Freyre, mostrando que a violência racial é constitutiva da ordem brasileira, desde o colonialismo até as políticas de embranquecimento do século XX. A obra de Lélia Gonzalez (2020) fundamenta a discussão ao evidenciar como o racismo e o sexismo moldam os lugares sociais destinados às mulheres negras, reduzindo suas possibilidades a estereótipos como a "mulata" ou a "mãe preta". O caso de Marcos e sua família expõe a contradição entre o projeto estatal de miscigenação e a persistência do racismo como mecanismo de controle social. A desconstrução do racismo de Estado exige não apenas o reconhecimento histórico de suas bases eugênicas, mas a implementação de políticas reparatórias que confrontem sua herança de exclusão e violência.

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