Artigo Anais do Congresso sobre Restauração Ambiental em Áreas Degradadas por Desastres Antrópicos

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-060-8

ENTRE O METAL E A SOBREVIVÊNCIA:COMO LUTZOMYIA LONGIPALPIS ENFRENTA AMBIENTES CONTAMINADOS

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Publicado em 17 de novembro de 2025

Resumo

A bacia do Rio Doce apresenta o histórico de contaminações antrópicas ao longo dos anos. Entretanto em 2015, o rompimento da barragem de minério de ferro intensificou a contaminação por metais pesados. Os metais pesados podem apresentar efeitos tóxicos no desenvolvimento das espécies e em vetores estes efeitos são negligenciados na literatura. Esta bacia conta com a presença do Lutzomyia longipalpis, principal vetor da leishmaniose visceral (LV), e um elevado número de casos desta doença. Este vetor é adaptado a ambientes degradados e a transmissão desta doença tem crescido nos centros urbanos brasileiros. Um dos desafios para o controle da doença/espécie é encontrar os potenciais criadouros e compreender mais sobre como as formas imaturas lidam com o ambiente em que se desenvolve. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar como se dá o desenvolvimento de L. longipalpis criados em ambientes artificialmente contaminados com ferro, rejeito de minério oriundo do rompimento e efluente sanitário. Imaturos em estádio larval 3 foram criados com ração contaminada com concentrações distintas de cobre (20mg/kg, 100mg/kg, 200mg/kg e 400mg/kg); cádmio (0,5mg/kg e 200mg/kg); ferro (30mg/kg e 10000mg/kg); rejeito em três concentrações 25%, 50% e 75% e efluente sanitário. Triplicatas com 30 indivíduos por pote foram acompanhados diariamente para analisar o tempo de desenvolvimento de larva a adulto. Os resultados demonstram que a exposição de larvas de flebotomíneos a dosagens dos metais, ao rejeito e ao efluente sanitário não alteram o tempo de desenvolvimento entre estádios dos imaturos a adultos em relação aos indivíduos criados no substrato controle (ração sem metal). A taxa de sobrevivência entre os estádios, também não apresentou diferença significativa entre os tratamentos, sendo fase larval mais afetada com maior taxa de mortalidade. A adaptação a novos ambientes e a toxicidade induzida por metais pode ter acionado mecanismos de desintoxicação e imobilização dos metais para viabilizar o desenvolvimento de imaturo a adulto. A tolerância a contaminação por metais em L. longipalpis precisa ser considerada, uma vez que adaptações a novos ambientes proporcionam vantagens distintas a este vetor. Além disso, pode ser um passo importante para a expansão populacional em ambientes sob o estresse metálico. O avanço deste vetor pode gerar potenciais consequências epidemiológicas pela disseminação da leishmaniose visceral em novas áreas na região que já conta com cidades com elevado número de casos da doença.

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