Artigo Anais do IX Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-66-5

PERFORMATIVIDADE E DISSIDÊNCIA: REFLEXÕES SOBRE A DESTRANSIÇÃO DE GÊNERO

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Publicado em 05 de junho de 2025

Resumo

A destransição de gênero é tema deste trabalho. Ela pode ser entendida como um processo que envolve os trânsitos de gênero de sujeitos que deixam de se identificar como trans*, independentemente do motivo ou das novas identificações. Essa temática é controversa, uma vez que a destransição tem sido utilizada para fundamentar argumentos de discursos conservadores e, por vezes, religiosos em uma tentativa de deslegitimar as vivências trans* e acabar com seus direitos. Consideramos, contudo, ser fundamental abordá-la sob outras perspectivas, ocupando os espaços de debate para evitar que narrativas violentas prevaleçam. A partir de uma epistemologia feminista, e com base em estudos transfeministas e queer, entendemos a destransição como uma dissidência de gênero que pode romper com a lógica relacional patriarcal. Destacamos que ela nem sempre envolve arrependimento ou um “retorno” à cisgeneridade, já que estudos apontam para diversas possibilidades identitárias, incluindo a não-binariedade. Defendemos que a autonomia dos sujeitos em suas identificações ao longo da vida, ainda que estas possam se modificar, precisa ser sempre respeitada, levando em conta sua autodeterminação e agência. Para este estudo, realizamos um levantamento bibliográfico nas plataformas PsycInfo, Pubmed, Scielo, PsycNet e Google Acadêmico e chegamos a um total de 54 artigos, analisados por meio da Análise Foucaultiana do Discurso. Chegamos à conclusão de que tanto na transição quanto na destransição ocorrem movimentos de gênero, que podem ser entendidos como atos performativos. Nesse sentido, as experiências dos sujeitos que destransicionam não invalidam de forma alguma as das pessoas trans*, sendo o antagonismo entre essas duas vivências o resultado de uma produção conservadora e transfóbica, que se baseia em premissas cisnormativas. A destransição de gênero reflete, portanto, os movimentos de gênero e envolve o direito dos sujeitos em se autodeterminar a partir do modo como se identificam, fortalecendo o princípio da autodeclaração.

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