Artigo Anais do 22º Encontro Nacional de Estudantes do Campo de Públicas

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-073-8

BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS NAS PERIFERIAS DE FORTALEZA: CULTURA, EDUCAÇÃO E RESISTÊNCIA TERRITORIAL

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Publicado em 12 de dezembro de 2025

Resumo

As bibliotecas comunitárias têm se consolidado como importantes instrumentos de resistência, transformação e fortalecimento de direitos nas periferias urbanas do Brasil. Nascidas da mobilização popular diante da ausência de políticas públicas efetivas, esses espaços vão além da simples oferta de livros. Eles se constituem como centros culturais vivos, enraizados nas dinâmicas do território, promovendo o acesso à leitura, à informação e à formação crítica da população marginalizada pelo Estado. Este artigo analisa a importância das bibliotecas comunitárias como agentes de educação popular e valorização das identidades periféricas, com foco na experiência da Biblioteca Livro Livre Curió, localizada em Fortaleza (CE). Fundada em 2005 por moradores do bairro Curió, a biblioteca atua como espaço de acolhimento, escuta e incentivo à leitura, promovendo ações como rodas de leitura, oficinas literárias, contação de histórias, saraus, cineclubes e encontros formativos voltados para crianças, adolescentes e adultos. A partir de uma abordagem qualitativa e fundamentada em referenciais teóricos como Paulo Freire, Boaventura de Sousa Santos e Marilena Chauí, este estudo discute como essas bibliotecas constroem alternativas educativas centradas na realidade local, pautadas pelo diálogo, pela escuta ativa e pela valorização dos saberes populares. As práticas desenvolvidas nesses espaços inspiram-se, muitas vezes, na pedagogia libertadora, fortalecendo a autonomia intelectual e política das comunidades envolvidas. O estudo de caso da Biblioteca Livro Livre Curió revela que sua atuação não se restringe à leitura, mas inclui também o enfrentamento de desigualdades sociais, o combate ao racismo e à violência urbana e a afirmação de direitos fundamentais, como o direito à cultura e à cidade. Os relatos da equipe e da comunidade evidenciam a biblioteca como um espaço de pertencimento, onde a juventude negra e periférica se reconhece e se fortalece por meio da cultura e da arte. Apesar do impacto positivo, o artigo também evidencia os inúmeros desafios enfrentados por essas iniciativas. A maioria das bibliotecas comunitárias depende de trabalho voluntário, doações pontuais e editais esporádicos. A falta de políticas públicas permanentes e a burocratização do acesso a recursos dificultam a continuidade e a expansão das atividades. A invisibilização dessas experiências pelas instâncias formais de poder reflete a desigualdade histórica na distribuição dos bens culturais no Brasil. Nesse cenário, o reconhecimento institucional e o investimento público em bibliotecas comunitárias não devem ser vistos como favor, mas como parte de uma política cultural democrática. Fortalecer essas iniciativas é essencial para promover justiça social, democratização do conhecimento e valorização das expressões culturais locais. As bibliotecas comunitárias representam formas legítimas e autônomas de produção de saber, e sua existência reafirma o direito das periferias de ocupar o centro do debate sobre cultura, educação e cidadania.Conclui-se que as bibliotecas comunitárias nas periferias urbanas não apenas desafiam a lógica excludente do Estado, mas apontam caminhos possíveis para a construção de uma sociedade mais justa, plural e solidária. A experiência da Biblioteca Livro Livre Curió é um exemplo potente da capacidade de mobilização e resistência dos territórios periféricos, que, mesmo diante da precariedade, constroem cotidianamente alternativas educativas, culturais e políticas transformadoras.

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