Artigo Anais do 22º Encontro Nacional de Estudantes do Campo de Públicas

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-5222-073-8

ANÁLISE DA INTERSEÇÃO ENTRE NECROPOLÍTICA E RACISMO AMBIENTAL: A MARGINALIZAÇÃO DE POPULAÇÃO RACIALIZADAS E TERRITÓRIOS PERIFÉRICOS

Palavra-chaves: Políticas Públicas, Justiça Ambiental, Justiça Racial Comunicação Oral (CO) ET 03 - Meio-ambiente e sustentabilidade
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Publicado em 12 de dezembro de 2025

Resumo

O artigo analisa a articulação entre necropolítica e racismo ambiental como mecanismos estruturais de marginalização de populações racializadas e dos territórios periféricos no Brasil contemporâneo. Para o alcance desse objetivo empreendeu-se uma investigação qualitativa, descritiva, que usou a pesquisa bibliográfica e documental. Parte-se da constatação de que a seletividade da morte opera de forma racial e territorial, combinando políticas de extermínio e degradação ambiental para produzir vidas precarizadas e territórios inviabilizados. O conceito de necropolítica, formulado por Achille Mbembe (2018), é central para compreender como o poder de matar se exerce não apenas por meio da violência direta, mas também por políticas públicas e omissões seletivas que definem quem merece viver e quais territórios devem ser preservados. Nesse contexto, a necropolítica atua pela gestão da morte, criando zonas onde a existência é descartável, realidades presentes em favelas, periferias urbanas e terras indígenas, marcadas pelo abandono, invisibilidade pública, violência estatal e exclusão sistêmica. O racismo ambiental é entendido como parte dessa violência estrutural que expõe comunidades negras, indígenas e periféricas à contaminação, degradação ecológica e ausência de infraestrutura básica. Casos como os desastres de Mariana e Brumadinho, a crise sanitária entre os Yanomami e as enchentes em bairros periféricos evidenciam a localização racial e a conivência institucional com esses danos. A partir de um referencial crítico decolonial, argumenta-se que o racismo ambiental é uma dimensão da necropolítica, pois não só contamina corpos, mas desestrutura laços sociais e apaga modos de vida. Assim, a necropolítica ambiental configura-se como dispositivo de gestão da morte que priva sistematicamente determinadas populações do direito a viver com dignidade. A análise, fundamentada em revisão bibliográfica crítica e estudos de caso, reforça a urgência de políticas públicas interseccionais que enfrentem as desigualdades raciais, territoriais e ambientais no Brasil, incorporando, inclusive, o conceito de biopolítica, que coloca a vida no centro dos processos de tomada de decisão no âmbito coletivo. Ao dar visibilidade a esses processos, o artigo contribui para o aprofundamento do debate sobre justiça racial e ambiental no país.

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