Artigo Anais do 9º Encontro Nacional de Ensino de Sociologia na Educação Básica

ANAIS de Evento

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NÃO ANDAMOS SÓS: EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS E MEMÓRIAS DO CURSO EM EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E DIREITOS HUMANOS (SECADI/UFCG)

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Publicado em 18 de julho de 2025

Resumo

A comunicação objetiva apresentar as experiências pedagógicas e as memórias do curso de formação continuada em Educação para as Relações Étnico Raciais e Direitos Humanos, que é uma iniciativa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI/MEC) através da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O curso, portanto, representa uma oportunidade para o retorno de profissionais da educação, conselheiros municipais e estaduais, além de representantes dos movimentos sociais, ao espaço acadêmico, promovendo uma atualização crítica e reflexiva sobre as demandas contemporâneas ligadas à Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER). A inserção da temática étnico-racial nos currículos escolares representa não apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de ruptura com a narrativa eurocêntrica que ainda predomina no cotidiano escolar e, portanto, faz-se necessário o fortalecimento de uma educação antirracista. Esses conteúdos não apenas rompem o silêncio histórico em torno de África e dos negros no Brasil, mas também oferecem aos alunos, tanto negros quanto não negros, os meios necessários para reconfigurarem suas autoimagens e suas compreensões sobre o outro. Ao termino do percurso formativo do curso de formação em Educação para as Relações Étnico Raciais e Direitos Humanos, reconhecemos e reafirmamos que a construção de uma educação comprometida com as relações étnico-raciais e os direitos humanos não se dá de forma solitária. As experiências vivenciadas e as memórias partilhadas ao longo do curso revelam a potência do coletivo como força transformadora no enfrentamento das desigualdades raciais e na valorização dos saberes afro-brasileiros e africanos. O curso, ao promover o diálogo entre teoria e prática, entre academia e comunidades, reafirma o papel da educação como instrumento de emancipação e justiça social. Assim, seguimos conscientes de que não andamos sós: caminhamos juntos, entre vozes, histórias e resistências, rumo a uma escola mais justa, inclusiva e plural.

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