Artigo Anais do IX Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-66-5

O APASSIVAMENTO DA MULHER NO CAPITALISMO E SUAS REPERCUSSÕES NA PSICANÁLISE

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Publicado em 05 de junho de 2025

Resumo

O trabalho propõe uma articulação entre o capitalismo, sistema econômico que destinou à mulher a um modelo de apassivamento e a psicanálise, erigida na era vitoriana, período de extrema repressão sexual. Federici apresenta que desde os séculos 16 e 17, período da “caça às bruxas”, as mulheres foram definidas como seres demoníacos, sofreram as práticas mais atrozes da história, o que deixou em seu psiquismo, a partir de uma perspectiva geracional, marcas duradouras. Através do que a autora denominou como“apropriação primitiva”, se destaca a apropriação dos homens sobre o trabalho das mulheres, reduzindo a mulher a uma dupla dependência: de seus empregadores e dos homens – a partir, portanto, de um ponto de vista heteronormativo. Essa grande derrota histórica promoveu a feminilização da pobreza. As mulheres, a partir dessa desvalorização enquanto trabalhadoras, privadas de sua autonomia com relação aos homens, sofreram um processo de degradação social, passando à passividade em relação a essa esfera. A feminilidade considerada obra do demônio trouxe um destino de extrema violência para a mulher, transpondo-as a uma condição passiva promoveu o apagamento de sua potência, impedindo uma condição ativa e de autonomia para elas. Com Freud, teremos a herança desse predomínio do patriarcado na construção da sexualidade feminina, os imperativos culturais de dominação masculina se expressaram na forma dos seguintes trinômios: ativo-fálico-masculino, passivo-castrado-feminino. Nessas duas expressões temos a mais clara associação da mulher ao passivo e do homem ao ativo, representando a força da cultura patriarcal, que a serviço do capitalismo, promove um sistema de desvalorização e inferiorização da mulher. A Psicanálise desse período, portanto, contribuiu para uma destinação da mulher ao apassivamento também no campo da sexualidade. Veremos então, o lastro histórico desta articulação entre psicanálise e capitalismo a partir da posição da mulher e proporemos alguns modos de superação.

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