PIBIC/ EM: VISIBILIDADE E PROTAGONISMO VALORIZANDO O ENSINO DE SOCIOLOGIA
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Desta maneira, este estudo se torna de essencial relevância, na medida em que busca trazer elementos que visam reconhecer a eficiência de tais projetos e a contribuição destes no fomento da pesquisa, colaborando para a ciência, o que faz da Sociologia um elemento chave de uma formação mais completa, trazendo assim não apenas a necessidade da sua permanência na 2ª série do novo ensino médio mais a da sua volta na 1ª e 3ª série. A Sociologia enquanto disciplina obrigatória esteve condicionada a grandes momentos de nossa história, sendo colocada e retirada muitas vezes dos currículos como aponta MOTA, 2005 em: “Os lugares da sociologia na formação de estudantes do ensino médio: as perspectivas de professores”. Desta maneira o objetivo geral do artigo é mostrar a importância na construção do protagonismo e visibilidade da própria realidade em que o aluno está imerso, proporcionado pelo estudo da Sociologia e de maneira mais específica, as possibilidades de perspectivas de caminhos a serem seguidos, enquanto profissão, traçando sua própria história. Entendemos que o trabalho com os projetos de iniciação científica aumenta o protagonismo dos alunos, assim como a visão crítica que eles têm do mundo. Neste sentido, buscamos nosso referencial teórico na sócio-histórica-cultural a partir das análises de trabalhos realizados por Vigotski, principalmente em “Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem”, que leva em consideração as realidades vividas como forma de desenvolvimento. Caminhando nesta perspectiva e das realidades periféricas vividas em vários enfoques na própria escola, trouxemos também um autor que retrata as realidades vividas por meio de poesias: Sérgio Vaz, em “Flores de alvenaria”. A nossa metodologia de estudos com os alunos do projeto baseia-se no estudo de autores clássicos da Sociologia tais como: Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, trabalhando a leitura de conceitos fundamentais de tais autores e reescrevendo algumas partes em forma de poesia, de maneira a tornar o ensino de Sociologia mais prazeroso para eles. Nessa reescrita eles conseguem, na produção de suas poesias, trazer elementos de suas realidades por meio de suas vivências. Outro projeto evidenciado por eles fala sobre o Slam. Nessa musicalidade transmitida pelo o Slam, podemos discutir: Racismo, desigualdade social, política, religião, homofobia, direitos humanos, violência contra a mulher entre outros temas e neste sentido estudamos artigos como o de Cynthia Agra de Brito Neves: Slams – letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo e “Transperiferias: uma proposta para pesquisas socialmente engajadas”. Acredito que os jovens buscam meios de expressar o que pensam e suas visões de mundo em determinados assuntos e debates, de tal forma que o Slam se torna um desses canais. O protagonismo em que os alunos se encontram na realização desses projetos nos ajudou a discutir temas tão caros a Sociologia como do homem enquanto ser social, principalmente com poesias que nos ajudaram a trabalhar essas realidades. A voz periférica como sentido de acesso incentivando os alunos a relacionar as histórias de suas vidas com os conhecimentos vividos, tendo contato com outros profissionais, tais como em roda de conversas, tornando o projeto enriquecedor. Essas discussões, ao qual o artigo se refere, trazem a importância do ensino de Sociologia ao qual deveria estar em todos os ciclos do novo ensino médio e da indispensável figura dos professores evidenciado em todo esse processo, servindo de coordenador, supervisor, orientador ou mesmo colaborador de todas essas pesquisas. 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