Artigo Anais do 9º Encontro Nacional de Ensino de Sociologia na Educação Básica

ANAIS de Evento

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A PLURALIDADE DAS ESTRUTURAS FAMILIARES E SEUS REFLEXOS NA RELAÇÃO ESCOLA-ESTUDANTE: DESAFIOS PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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Publicado em 18 de julho de 2025

Resumo

As famílias atuais desafiam as estruturas escolares, especialmente diante da exigência institucional de um “responsável” vinculado ao modelo tradicional de família nuclear. Essa demanda ignora a pluralidade de grupos que marcam a vida dos estudantes, negando laços afetivos legítimos que não possuem reconhecimento jurídico formal. Vinculada ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência da Universidade Federal de Pelotas, esta pesquisa teve como objetivo compreender como estudantes do Ensino Médio percebem a figura do responsável familiar e analisar a dificuldade dos discentes em falar do tema. A atividade pedagógica ocorreu no contexto de uma escola pública, com aplicação de questionário estruturado a partir do modelo World Values Survey (WVS), buscando captar um diagnóstico social dos discentes. A discussão teórica baseia-se em três autores centrais. Ivana Teixeira Silveira (2006) observa que a escola moderna assumiu papéis antes atribuídos à família, como a socialização moral, mas sustentaram o modus tradicional, desconsiderando novas formas familiares. Maria Alice Nogueira (1998), a partir de Bourdieu, destaca que a escola valoriza códigos culturais similares aos seus, o que marginaliza famílias populares com redes de cuidado ampliadas. François de Singly (2000) contribui ao enfatizar que o pertencimento familiar é definido pela convivência e pelo reconhecimento afetivo, não necessariamente por vínculos legais. Os dados coletados na pesquisa refletem esses embasamentos, revelando o descompasso entre as exigências escolares e a realidade familiar dos estudantes. A ocasião permitiu aprofundar a crítica sobre as dúvidas dos estudantes diante da diversidade familiar. A análise revelou que a visão dos discentes sobre o “responsável” tende a somar figuras que, embora afetivamente presentes, não se enquadram nas exigências normativas da instituição. O contato com os estudantes revelou empatia ao tema, o que aponta para o reforço de atividades que promovam o aceite dessas pluralidades. Ao constar que os mesmos atribuem o papel de responsável àquelas pessoas que exercem o cuidado considerado propriamente feminino, evidencia-se a necessidade de refletir sobre a negação dessa realidade. METODOLOGIA A pesquisa foi desenvolvida com estudantes de duas turmas do Ensino Médio (segundo e terceiro ano) em uma escola pública. Aplicou-se um questionário baseado no World Values Survey (WVS), por meio do Google Forms. A análise dos dados foi quantitativa, com foco no cruzamento de duas perguntas-chave. Os resultados demonstraram que a maioria dos alunos identifica a mãe como principal responsável, seguida por outras figuras femininas. Essa tendência reforça a centralidade no cuidado familiar e evidencia a quebra entre a vivência deles e o modelo de responsável aceito socialmente. CONCLUSÃO Conclui-se que os dados colhidos dão distância entre os modelos oficiais e os vínculos afetivos vividos pelos estudantes, como também abriram caminho para questões no âmbito do projeto em andamento. Estes dados elaborados criam uma temática para o seguimento do projeto, uma vez que o retorno destes em atividades posteriores mostrou que são sensíveis ao debate.

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